Houve um tempo
onde tudo eram cores
onde tudo eram amores
onde tudo rimava.
Hoje as rimas
foram desfeitas
os sonhos esquecidos
a pipa presa no fio elétrico.
Houve um tempo
onde se queria
ser gente grande
ser professora
ser bailarina.
Hoje a realidade
nos faz esquecer
de tudo isso.
Houve um tempo
em que as felicidades
eram certas,
que bastava aprender
a olhar, para vê-las
tão certas assim.
Houve um tempo
que criança tinha
esperança.
Hoje, a única esperança
é acreditar na criança.
By Renata aos 12 anos de idade com ares de profetisa.
onde tudo eram cores
onde tudo eram amores
onde tudo rimava.
Hoje as rimas
foram desfeitas
os sonhos esquecidos
a pipa presa no fio elétrico.
Houve um tempo
onde se queria
ser gente grande
ser professora
ser bailarina.
Hoje a realidade
nos faz esquecer
de tudo isso.
Houve um tempo
em que as felicidades
eram certas,
que bastava aprender
a olhar, para vê-las
tão certas assim.
Houve um tempo
que criança tinha
esperança.
Hoje, a única esperança
é acreditar na criança.
By Renata aos 12 anos de idade com ares de profetisa.
4 comentários:
Nossa Rê...
Li e lembrei de uma poesia de Fernando Pessoa (Alvaro de Campos)chamada aniversário, simplesmente perfeita! Vou deixar um trechinho pra vc... (mas essa poesia me deixa triste, triste mesmo...vixxx tô começando a não fazer mais o menor sentido...Affff)
"No TEMPO em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu era feliz e ninguém estava morto.
Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos,
E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer. (...)
(...) O que eu sou hoje é como a umidade no corredor do fim da casa,
Pondo grelado nas paredes...
O que eu sou hoje (e a casa dos que me amaram treme através das minhas
lágrimas),
O que eu sou hoje é terem vendido a casa,
É terem morrido todos,
É estar eu sobrevivente a mim-mesmo como um fósforo frio...
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...
Que meu amor, como uma pessoa, esse tempo!
Desejo físico da alma de se encontrar ali outra vez,
Por uma viagem metafísica e carnal,
Com uma dualidade de eu para mim...
Comer o passado como pão de fome, sem tempo de manteiga nos dentes!
(...)Pára, meu coração!
Não penses! Deixa o pensar na cabeça!
Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus!
Hoje já não faço anos.
Duro.
Somam-se-me dias.
Serei velho quando o for.
Mais nada.
Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira!...
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!..."
É amiga e por ai vai sábio poeta!!
bjossssss
Rê Ruiva
Que coisa linda!!!!!!
Simples e complexo, adorei.
E pensar que você era tão novinha quando escreveu...
Parabens.
Nossa...
Estou aqui perplexa!!
=)
Muito interessante...
simples e ao mesmo tempo "provocante"!!
Muito bom!!
=)
nossa... lindo o texto. nem parece que foi escrito por uma crinça de 12 anos...
Postar um comentário