30 de junho de 2006

Dois lados da mesma moeda

Nasci: Muitas chuvas e trovoadas, um mau começo. Mas muito amor , algum amparo, uma força imensa: fé – muita fé, sorte, pessoas certas, dinheiro para sobreviver, uma determinação e uma obstinação tamanhas e 13 anos de terapia completados agora - salvadores.
Fui indo...
Agora aos trinta nunca estive tão feliz e realizada. E muito feliz por chegar aos 30 anos.
Concordo com aquela musiquinha do Kid Abelha ”A vida que me ensinaram como uma vida normal, tinha trabalho, dinheiro, família, filhos e tal. Era tudo tão perfeito se tudo fosse só isso, mas isso é menos do que tudo, é menos do que eu preciso.” ,
Aos 30 anos a tal vida normal já está toda conquistada, maravilhosamente bem. Tuuuudo de bom. A luta diária é pela manutenção!!!
Mas realmente tudo não é só isso. E aí é que entra a parte boa de ter 30.
A maturidade, a segurança, a confiança, a experiência, a bagagem. O APRENDIZADO.
As minhas conquistas , que vieram através do caminhar ao longo dos anos me permitem dizer com a boca cheia: Realizada.
Uma dúzia de amigos de fé, irmãos camaradas.
Experiência profissional. Segurança pra investir no próprio negócio. O mercado de trabalho respeita a maturidade. E sinceramente, 30 aninhos na minha opiniao ainda fazem parte do pacote "flor da idade". É o começo.
E o sexo? Ah... Imcomparavelmente melhor.
O viço não é o mesmo dos 20 anos, quiçá a bundinha. Mas a gente usa Renew, se precisar Lancóme, vai para academia e paga um personal para ficar pelo menos apresentável – porque marombeira não sou e nem serei, gostosona só na próxima encarnação porque este corpo que Deus me deu não tem exatamente o biotipo das modeletes maravilhosas.
Mas me sinto poderosa. Muito mais interessante, sedutora, com um humor refinado, percepções maduras sobre mim e o mundo.
Aos 30 anos, a gente já tomou algumas cacetadas e se tiver um pouco de inteligência aprende com os erros. E se torna mais humilde.
Não ser a dona da verdade, pelo contrário entender que não existe a verdade absoluta. Que todos tem suas razões e que a gente gosta das pessoas - quando gosta de verdade - não é pelas qualidades e só, mas apesar de.
Balzaca feliz, feliz por ser mulher e não mocinha.
O tempo dá sabedoria.
Que Deus conserve!

Post by Patrícia – que depois de 6 anos de cabelo curtinho está deixando o cabelão porque sabe que é a última vez...

A dor e a delícia de ser o que é

Por que será que o fantasma dos 30 anos ainda me assusta?
Já fazem 5 meses que fiz aniversário, sem mencionar que como boa aquariana que sou, já me sentia com 30 anos desde os 27...
O fato é que não vejo charme nenhum em ser balzaca. Li Honoré de Balzac, presente afetuoso de papai, na esperança de entender de onde vinha o fascínio. Me deparei com um heroína amarga e resignada. Nada que lembrasse a confiança das garotas-propaganda do Renew. Por falar em Renew o meu anda na bolsa!
Ontem teclei com 3 amigas, uma aniversaria hoje e já vai para os 31. Todas satisfeitas e exaltando a mulher de 30. Enquanto eu não vejo a mínima vantagem.
Primeiramente fazer 30, homem ou mulher, significa ter que resgatar as promissórias que assinamos despretensiosamente até então.
Não sou considerada jovem para o mercado de trabalho, minhas chances de engravidar já diminuíram 35%, os adolescentes já me acham coroa, os flanelinhas me chamam de tia, minha mãe já entregou para Deus e eu tenho a sensação de dever não cumprido.
Afinal não tenho casa própria, meu carro só será meu daqui a algumas prestações, sem filhos e sem planos para tê-los e prefiro uma bicicleta a casamento. E olha que não faço o tipo atlético. Ah...ainda tem essa, sou sedentária.
Minhas amigas se gabam porque acreditam que não aparentamos os nossos 30 anos. Eu acho que aparentamos sim! Apenas aos 30 anos não estamos caídas.
Enfim, sei que esse papo já cansou e pode parecer a maior bobeira, mas não consegui engolir ainda e acredito que viverei com esse fantasma. Pode ser que me acostume e acabe dormindo sem pensar no assunto. Claro, depois de passar meu Renew e de colocar meus pijamas longos.


By Renata que sabe que ainda dá uma canja, mas sabe também que o mundo prefere uma galinhada!

28 de junho de 2006

Toda unanimidade é burra


Ronaldo é o maior artilheiro em Copas do mundo de todos os tempos.
Isso já seria o bastante, mas não, porque aprendeu-se que jogadores de futebol são magros. Asim como são magras as pessoas bonitas. Diria eu, magérrimas. Manequim 38. Pessoas que não comem com vontade e que ainda por cima correm, malham, se exercitam.
Isso, pessoas realmente bacanas são as que trabalham em algo importante, comem cenoura e alface no almoço(mastigando 278346 vezes antes de engolir), malham antes de ir para o trabalho e lêem um livro à noite. Pessoas bacanas não são viciadas em tv.
Nos ensinaram também que moça não liga para rapaz e se ligar, está sendo muito fácil e não será valorizada. Da mesma forma que não se faz sexo no primeiro encontro. A regra do terceiro encontro também não vale. Aconselha-se que se solidifique a relação antes.
Não sei de você, mas aprendi que homem bom é o rico, que família é homem+mulher+filhos, que gato é traiçoeiro, que depois dos 30 quem não casa fica para titia, que mulher que bebe e fuma é vulgar, que o homem paga a conta e dirige.
Aí de repente vem o Ronaldo Nazário e marca 15 gols depois de cirurgias, lesões, críticas, e muitos quilos a mais.
Moral da história: vida rima com variedade.
By Renata que apesar de parecer, não está com tpm. E é fã incondicional do Fenômeno.


22 de junho de 2006

"Alegria, é o justo"


Precisa falar mais do que isso que o Guimarães Rosa Disse?
Não. Carece não...
É justo,é mais do que justo. É justíssimo.

Pati - perguntando cadê ela.

21 de junho de 2006

Me pega

O último cd do Chico não sai do meu carro. Presente da Patrícia que sabia da minha euforia com a música Renata Maria. Hoje voltei do trabalho e ouvi infinitas vezes a faixa 10... Se eu quiser falar de mim, essa música consegue fazê-lo melhor.


Leve
Carlinhos Vergueiro / Chico Buarque

Não me leve a mal
Me leve à toa pela última vez
A um quiosque, ao planetário
Ao cais do porto, ao paço
O meu coração, meu coração
Meu coração parece que perde um pedaço, mas não
Me leve a sério
Passou este verão
Outros passarão
Eu passo
Não se atire do terraço, não arranque minha cabeça
Da sua cortiça
Não beba muita cachaça, não se esqueça depressa de mim, sim?
Pense como eu vim de leve
Machuquei você de leve
E me retirei com pés de lã
Sei que o seu caminho amanhã
Será um caminho bom
Mas não me leve
Não me leve a mal
Me leve apenas para andar por aí
Na lagoa, no cemitério
Na areia, no mormaço
O meu coração, meu coração
Meu coração parece que perde um pedaço, mas não
Me leve a sério
Passou este verão
Outros passarão
Eu passo
Não se atire do terraço, não arranque minha cabeça
Da sua cortiça
Não beba muita cachaça, não se esqueça depressa de mim, sim?
Pense como eu vim de leve
Machuquei você de leve
E me retirei com pés de lã
Sei que o seu caminho amanhã
Será um caminho bom
Mas não me leve
O meu coração, meu coração
Meu coração parece que perde um pedaço, mas não
Me leve a sério
Passou este verão
Outros passarão
Eu passo

1996 © - BMG Music Publishing Brasil Ltda e Marola Edições Musicais Todos os direitos reservadosDireitos de Execução Pública controlados pelo ECAD (AMAR) Internacional Copyright Secured

By Renata que sempre quis que a levassem a toa. Mas ultimamente tem preferido que a levem a sério. Só não descobriu como. Ainda.

20 de junho de 2006

Como um mutante

Ma falta inspiração. Pode não parecer novidade, mas me agonia muito perceber que a vida não é tão colorida. Será que padeço do mesmo mal que abala nossa seleção? O time tecnicamente é ótimo, mas na prática não rende o esperado. Talvez eu seja um pouco assim. Poderia ser mais que sou. Poderia ir a lua se quisesse. Ou ao menos ir mais adiante. Não sou acomodada, ou não me vejo assim.
Das amigas de infância, já era a quarta ou quinta a se mudar de estado ou país. Eu nunca saí do bairro. Frequentemente, chegam e-mail das pessoas comunicando a mudança de e-mail em função do novo emprego ou cargo. Tenho o mesmo emprego há 10 anos. O mesmo corte de cabelo, o mesmo número de telefone, o mesmo destino nas férias, o mesmo carinha interessado, os mesmos problemas com os pais, os mesmos amigos, a mesma mania de fazer amigos, continuo tagarela, gostando de axé, odiando sertanejo, assistindo fórmula 1, lendo sobre mitologia, frequentando o mesmo salão, viajando muito para o Rio. A lista é interminável e cansei de tanto gerúndio!
Ainda não me decidi se isso é bom ou ruim. Mas acho que está na hora de pensar em algumas mudanças. Talvez o corte de cabelo, talvez de cidade. Não que esteja cansada de mim. Continuo sendo a minha pessoa preferida. Por isso mesmo acho que minha vida merece novos ares. Mais oxigênio. Mais inspiração.

By Renata que não tem medo de escuro, nem de cara feia. Mas se sente mais segura entre os seus.

11 de junho de 2006

Eu quero é sossego!


Acabei de tomar banho. Daqueles banhos compriiiidos. Pijamas limpos e creme por toda parte.
Pijamas no meio da tarde. Delícia! Adoro domingo de preguiça.
Ficar em casa assistindo às reprises do Sony, Faustão, quando tem F1, então! Hoje além de F1 assisti a 3 jogos da Copa. A seleção portuguesa de Felipão decepcionou. Ganhou de Angola, mas não ganharia dos elefantinhos da Costa do Marfim.
Recebi mil telefonemas, tinha programa, mala para arrumar, currículo para atualizar... mas me dei um dia de folga.
A preguiça é um pecado capital, mas depois de Domenico de Masi, o ócio virou algo a se conquistar. Um hobby talvez. O trabalho é uma profissão. O ócio é uma arte. (Domenico de Mais, O ócio criativo). O ócio não seria sedentarismo, seria um misto de lazer, de descanso, de não fazer nada. Que os progressistas Comte e Victor Hugo não me ouçam! Embora ociosidade e preguiça possam se confundir no dicionário, são atitudes diferenciadas quanto à intenção e à motivação. O primeiro seria uma opção e o segundo uma imposição do ser. Coisas da modernidade. Palavras com mesmo significado mas com diferentes sentidos.
Assim como algumas relações. As pessoas saem juntas, se gostam, são fiéis, trocam declarações... mas diante do dia dos namorados, não sabem o que fazer. Será que se tratam como namorados ou não? Muitas amigas estão aflitas! Afinal, amanhã é dia de saber se agir como namorada e ser namorada tem o mesmo sentido.

By Renata que acalenta o sonho de colher a preguiça depois de plantar tanto trabalho! Curtir uma preguiça acompanhada pode ser uma boa....

DESSA VEZ

Aflição
Medo
Esperança
Dor de barriga
Coragem
Melancolia
Insegurança
Determinação

Sintomas em mim, causados pela mudança.


Mudar é difícil
Mudar dói
Mudar acrescenta
Mudar movimenta
Mudar ensina
Mudar permite que eu queira – e tente- me tornar uma pessoa melhor, fazer melhor.

Vamos lá.
Olá mundo novo – de novo!

9 de junho de 2006

A Copa do Mundo é nossa!

Amo Copa do Mundo.
Dentre outras coisas é uma das melhores ocasiões para se reunir a galera. Hoje recebi um e-mail de um grande amigo contando do seu blog da Copa.
Que bacana! Óbvio que para mim e para quem conhece as pessoas que fazem parte desse projeto, é muito mais bacana.
As pessoas mencionadas são meus amigos de longa data, alguns de infância, outros do colégio. Muitas copas. A última estávamos todos juntos. Tão juntos que mais de 30 pessoas entraram num ônibus e fomos assistir BrasilXChina em Ribeirão Preto. No útimo jogo, um a um chegou para acompanhar a conquista do penta. Um trazia a bandeira, outro trazia o próprio penteado do Ronaldo. Deu Brasil na cabeça!
Como uma coisa puxa a outra, depois de me divertir no blog do Jack, resolvi trazer as mulheres para falar de futebol. Claro que vale falar do tanquinho do Beckham. Se até o presidente fala dos pneus do Ronalducho... porque não babar pelos gatos da Seleção Italiana?
Enfim, fiz umas perguntas para algumas amigas palpitarem sobre o que rola em torno da bola rolando.
As mulheres deverão compor 41% da audiência das transmissões da Copa pela televisão. Quem diria!


By Renata que acredita que a maioria se senta em frente a televisão não para acompanhar os jogos, mas porque 22 homens para uma é porcetagem rara de se ver.

7 de junho de 2006

Da série namoros e namorados

Eu tinha 11 anos. Ele, 13.
Usava mullets, Redley vermelho e azul e calça da Energia. Eu adorava saia balonê, botas brancas e cabelo arrepiado.
O filme era "O Último americano virgem" e o hit, "Eu gosto é de mulher" do Ultraje a Rigor.
A partir daí tem muita história, cheia de descobertas, de risos, choro(muito), encontros e desencontros.
De toda essa novela, ficou a certeza que tem coisas que o tempo não apaga e pessoas que serão sempre parte da gente.
Dizem que o melhor é ser o último homem de uma mulher. Quem pensa assim, desconhece a importância de ser o primeiro amor.

By Renata que aos 11 anos era menos medrosa do que atualmente.

6 de junho de 2006

Mãe é tudo vaca


Hoje minha mãe me tirou do sério. Não me jogou nenhuma praga. Mas tinha um tom de voz e uma feição de quem possui a sabedoria de um oráculo.Como não sou mãe e estudo sobre desenvolvimento infantil, acho muita graça de como a maternidade tem o dom de tornar alguém tão infinitamente um ser humano melhor.De nada adianta você passar a vida fazendo caridade, meditação, jejun, estudando, sendo generosa, salvando as baleias, doando sangue, recolhendo agasalhos... não! Isso no máximo te torna alguém esforçado. Ser superior são as mães. Elas sim sabem o que é o amor.Além de muito sabidas, as mães têm habeas corpus. Fazem a titica que for e saem com a máxima: Quando você for mãe, você vai entender. Só quem é mãe sabe. E assim se justificam os atos inpensados, os comportamentos irracionais. Sem mencionar a gravidez. O dom divino de gerar uma criança! Mãe não engravida no sexo em pé no portão, na camisinha estourada, na pílula esquecida. Mãe nem dá na primeira vez! Aquela que enfrentou uma burocracia infernal e adotou uma criança por escolha legítima não conhece o amor de dar a luz a um ser. Ao meu ver pais adotivos são dotados de um amor que poucos no mundo conhecem. Enfim, até pouco tempo atrás a mãe de uma criança adotiva nem tinha direito a licença maternidade. E o leite materno? O alimento mais completo e puro. Puro sim! Afinal a mãe esse ser quase transcendental nunca fumou, nem ingeriu álcool. Mac Donald's só conhece de vista e coca-cola, só de nome. Ali, no seio da mãe se encontra tudo necessário para uma criança de até 2 anos. Sim, 2 anos, segundo um nova pesquisa aí. A pobre mãe que não consegue amamentar carrega o estigma de não ter sido boa o suficiente para sua prole. A criança é pequena? Problemas de aprendizagem? Pneumonia? Falta do peito materno.O último dos mitos que envolvem a maternidade é o tal da praga de mãe. Dizem que pega.

By Renata que ainda não decidiu se quer arrumar barriga. Por enquanto ser filha lhe dá um trabalhão danado!

5 de junho de 2006

Fragmentos do diário

Tô na rodoviária do Rio. Essa história de ônibus de hora em hora para Beagá era lenda urbana. 4 horas de espera. Tá bom. Aliás, tá muito bom. O fim de semana foi uma delícia. Nada de baladas. Nem de celular tocando sem parar.
Dormi até descansar. Acho que as olheiras abrandaram.
O coração eu tenho certeza que sim.
By Renata que passou muito frio durante a viagem de volta.