13 de setembro de 2010

Passa cá

Talvez fosse mais curiosidade de se (re)conhecerem do que saudade. Ela, ao menos, não sentia vontade de reviver os bons momentos juntos, mas sim, de criar novos. Intensos, apaixonantes, quentes. Esses momentos a sós eram a linha tênue que os prenderam por oito anos. Bom, não os momentos em si, porque haviam sido apenas vislumbres. Mas, a vontade de fazer acontecer. E tinha que ser agora.
Ela, tão nervosa, até perfume passou, coisa que nunca fazia. E foi preciso apenas alguns minutos para que o desejo de sentir-lhe a pele tomasse conta de seus movimentos. Ele sentiu-se beijado pelos olhos dela e assim, como costumeiro, falou o que muitos deixariam subentendido: -Você quer me beijar.
E beijaram-se numa noite longa. 

By Renata que está feliz com o site no ar, com a chegada da Isadora e do Gustavo e ainda acredita no Galo, apesar de. 
*Marc Chagall

27 de agosto de 2010

Números Pares

Antenada com as redes sociais que sou, assim que me vi sem companhia, não titubiei, postei o seguinte tweet:
Promoção: valendo uma cortesia p assistir a Filarmônica hj às 20h30 em minha companhia. Dê RT e concorra.
A atitude meio desesperada/engraçadinha/inovadora não deu resultado. Nenhum RT, mas toda a vontade do mundo de curtir a Filarmônica de Minas Gerais.
Ofereci meu ingresso extra à uma senhora que estava na fila da bilheteria. Ela, gentilmente, disse que estava ali para comprar ingressos para assisitir ao Corpo. A moça que vinha atrás, também declinou, com certa desconfiança. Assim, o rapaz que presenciou toda a cena, aceitou e me estalou um beijo no rosto como agradecimento.
Foyer do Palácio das Artes animado, convidava a um cafezinho ou a um chopp antes do concerto. Primeiro sinal: hora de procurar a JJ22. Ao meu lado, um garoto de 8 anos acompanhado da avó. Era a sua estreia na plateia da Filarmônica. Avó orgulhosa da presença do neto.
Luzes apagadas, músicos acomodados, o JJ24 em seu lugar e entra Roberto Minczuk, o regente convidado. No programa da noite: Krieger, Mendelssohn (como eu expliquei ao garotinho 'aquele da Marcha Nupcial') e Beethoven. JJ24 me contou que a Sinfonia no. 3, Eroica fora planejada para ser uma grande homenagem a Napoleão Bonaparte, porém a dedicatória napoleônica foi retirada quando este coroou-se imperador da França - Beethoven, decepcionado, alterou o programa da obra, incluindo uma marcha fúnebre "à morte de um herói'.
A música une as pessoas. Literalmente. Assim, ficou combinado um movimento qualquer, quem sabe um reencontro, assim como Beeethoven reencontou os ideais de liberdade na composição 'Egmont' que será apresentada no próximo concerto da Filarmônica. 
By Renata que anda se perdendo por aí...
 
Texto originalmente publicado no http://blog.romamidialivre.com.br/

17 de junho de 2010

Free calcinha bege!

A maioria das minhas calcinhas são pretas. Tenho também umas de oncinha, zebrinha, bolinha, braquinha, alvinegras... e a tão famigerada bege. Em minha defesa, apenas uma.
Depois de tantas críticas à peça, só posso entender que seja um fetiche ao contrário, um grito de rebeldia da mulherada.
Pois bem, depois de passar pela situação deprimente de expor a minha figura numa calcinha doce-de-leite, resolvi abolir o seu uso e me livrar da peça única. Agora, gostaria de começar uma campanha contra o seu uso:
- a calcinha cor-de-pele pode ser substituída pela vermelha, sim vermelha, para ser usada por baixo de uma roupa branca;
- causa impotência sexual masculina e por consequência, causa carência feminina;
- Ok, ninguém usa uma calcinha nude a fim de seduzir ninguém, mas devemos estar sempre prontas porque a tal lei de Murphy é cruel e verdadeira.
Bom, eu me rendi e acho que as mulheres deveriam fazer o mesmo. Entre os sexos, não sou a favor da guerra.


By Renata que mal sabe de si, mas adora dar palpite nos outros e que usa calcinha verde e amarela em dias de jogo da Seleção.



2 de junho de 2010

Sabotagem

A gente vive sonhando em encontrar um cara que seja inteligente, interessante, que nos faça rir. E quando a gente encontra, percebemos que não temos a mínima ideia do que fazer com ele.
A primeira reação é duvidar de que "aquilo tudo" seja real, afinal ninguém é tão legal assim! Depois, se segue um movimento para derrubar o rapaz: se ele é tão legal assim, porque está sozinho? E o golpe final:
- Claro, ele deve ter namorada, esposa ou pior: mil mulheres à disposição!
E dia após dia, você quer ter certeza da vitória dos seus instintos e aguarda ansiosa que ele pise na bola. Para tanto, examina com lupa cada frase dita por ele. Ah, você quer mesmo desmascará-lo e enquadrá-lo no hall "Os homens são todos iguais".
Não sei porque a gente não relaxa e aceita o fato de que as coisas acontecem. Inclusive as boas.

By Renata que está longe de completar o àlbum da copa e perto de começar a pintar os cabelos.

17 de maio de 2010

Como se desfaz a má impressão causada em um certo alguém?
A tal da arte da sedução nada mais é que um jogo de impressões. 
Todo mundo quer causar impacto positivo. Mas, o que fazer quando ocorre justamente o contrário?
Ai, a tal da primeira impressão... Por que de todas as atitudes, é justamente a primeira que é a marcante?
Tá bom, eu concordo que pisei na bola e que sou meio atrapalhada, mas, tanto tempo se passou que meu cabelo curto já é comprido de novo.
Eu sigo com o olhar bobo e o riso fácil para ele. Isso deveria contar de alguma forma. 
Aquela primeira vez com cara de única se tornou apenas o começo da história sem continuidade.


By Renata que teve uma segunda-feira agitada e só quer o coração tranquilo.

30 de abril de 2010

Poucas palavras

Toda vez que ele me liga, 
eu tenho um bom presságio.
Ou melhor, acho que o fato dele ligar seja um presságio.
E dos bons!
Mas, nunca é. Ou, nunca foi. 
Ainda.

By Renata que não é movida a dinheiro e, sim a formosura. 

21 de fevereiro de 2010

Maria do bairro

Eu ainda não tenho certeza do que realmente importa na vida. Amor ou dinheiro, ser feliz ou ser correto. Fazer o que se quer ou ser consciente. Mas, definitivamente o nirvana deve ser a combinação de tudo isso e algo mais. Insisto em acreditar que não se pode ter tudo. Mas, tampouco estou certa disso. Mas, sei que algumas coisas me fazem bem a ponto de não querer abrir mão delas.
Moro no mesmo bairro desde sempre. Bem, não desde sempre, porque não nasci aqui, mas sinto como se tivesse sido. E isso definitivamente é bom.
Como o mote daquele antigo seriado americano, Cheers, lá todos sabem seu nome. E isso tem dois lados e mil razões para se sentir entre os seus.

By Renata que viveu grandes emoções na última semana. Todas no bairro.

8 de fevereiro de 2010

Trintas..

Espelho, Espelho meu!
Existe alguém que gosta mais de aniversário do que eu???

By Renata que acabou de escutar da Patrícia que esse será o seu ano! E  acreditou!

26 de janeiro de 2010

Que os anjos digam amém

E veio uma vontade, aliás a necessidade de vomitar. Más notícias não são fáceis de digerir. O jeito é tentar expulsá-las. Tentar limpar a cabeça, livrar-se do susto que um diagnóstico assim causa.
Todo mundo conhece a sensação de ter um elefante sentado no peito. Falta o ar.
Falta a coragem de encarar quem precisa de um consolo porque nenhuma palavra ameniza a dor.
Aliás, só pude pensar e repetir querendo acreditar: "Milagres existem. Vamos atrás do nosso."


By Renata que perdeu o vôo, não a esperança.  

2 de janeiro de 2010

Sinceramente

Postura nova de ano novo: tentar não mascarar as coisas e torná-las menos feias do que são. Talvez essa tenha sido a explicação para que eu, em meio a um almoço, soltasse com toda a tranquilidade do mundo: acho que arrumar um homem seja muito difícil. Ao que meu amigo respondeu com entonação: UM HOMEM! Não,- respondi. Qualquer homem!
Acredito mesmo nisso e me deparo constantemente com homens falando que tem mulher demais dando sopa! Deve ter mesmo, já que a escassez de homem não é um luxo meu. Tenho uns agravantes, como trabalho e estilo de vida, que dificultam bastante conhecer alguém. Além da velha mania de ser apegada aos que já passaram. Mas, tenho tantas outras vantagens... então, colocando na balança, encaixo-me nos padrões femininos. 
Bom, dito isso, vale esclarecer que escrevo não em tom de muro de lamentações, é apenas uma constatação. Vivemos em tempos em que homens, antes tão prontos para o cortejo, não precisam mais fazê-lo. Isso muda um pouco a dinâmica das coisas. Eu, quando quero algo, costumo ser direta, afinal, ainda acredito que fazer a corte seja coisa de homem. O mundo me assegura o direito de tomar a iniciativa, o que é extremamente excitante. E que salvoguardo para um ou outro. E sigo esperando que um homem tente se mostrar interessante e interessado.

By Renata que teve um ótimo Natal e Réveillon e que acredita que 2010 vai ser sempre bom assim! Motivos não faltarão!