12 de abril de 2012

Sobre o amor e outros Rodrigos



Quis suavizar, tampar o rosto, mas não iria recuar.
Amo você. 
Sinto sua falta.
Sinto seu sorriso.
Na verdade, nunca te cobicei. 
Já te disse isso.
Sempre achei você muito pra mim. 
Sentimento mais incomum pra quem já bateu à porta do Rodrigo Santoro às 11 da noite num domingo. 
A gente sabe que ama quando aceita o objeto do amor do jeito que é. 
Então, eu te amo porque aceitei que você não é pra ser desejo.
É pra ser assim.
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Existem tantas formas de amor e eu não espero que você me ame de nenhuma.
Daí, aqui me lembro de As sem razões do amor.

Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça

E com amor não se paga. 

A gente ama sem merecimento.
Sem razão.
A gente ama.
E com o tempo, a gente se acostuma e passa a não doer tanto.
Passa a ser parte da gente.
Só não pode nos definir.
Um amor que não teve final feliz, é só um amor que não teve final feliz.
Outros virão porque somos humanos e o que a gente saber fazer é amar.
De tantas formas. 
Até das erradas.


By Renata que não gosta de sangrar, de forma alguma, pois nesses dias é chorona e fala de amor como quem ama. 

11 de abril de 2012

Trem do desejo

Lovers, Rodin, 1911

O meu convite é para que você tenha recreios.
Recreio daquele conceito vindo da infância - momento de puro deleite, hiato das preocupações e correrias diárias.  Uma pausa das obrigações, dos compromissos, dos horários que só fazem roubar o nosso tempo.
Venho aqui defender esses momentos como necessários, urgentes, combustível do ciclo infindável da rotina.
Que não sejam aventuras.
Que sejam permissões dadas aos nossos sonhos, gostos e ritmo.
Uma mistura meio que alquímica entre a transgressão e o aceito.
Algo que nos cause a impressão de que o Universo está de acordo.
Não se trata só de prazer, falo de alegria.
De ir além do “colher o dia”, do usufruir o que está ao alcance.
Ser aquilo que para acontecer precisa de um trem chamado desejo.


By Renata que às vezes mais que recreios, quer matar aula. 



*roubei o título de umas dessas canções lindas que existem, Estrela, de Vander Lee.




4 de abril de 2012

Eterno recomeçar



Das coisas mais próprias, o nosso nome encabeça a lista.
O meu, como escreveu numa dedicatória o Bial (sim, ele era mais legal antes do BBB) é um eterno recomeço.
Acredito não ser privilégio meu gostar de recomeços. Mas, sabe como é, a gente meio que se torna o reflexo das expectativas alheias. Chamando Renata, fiz cumprir bem o que era de se esperar.  E assim sendo, tatuei uma fênix, carrego um quê de desapego, acredito no eterno e não no pra sempre e adoro a Páscoa, afinal é vida nova!
O fim inevitavelmente é só o início. Ainda bem. 

By Renata que adora atos simbólicos, tomar um porre no fim da Quaresma e de pensar que o pior já passou.