9 de novembro de 2012

Afogamento



Tarjas rubro-negras para tentar aplacar coração sobressaltado
Refém do crime que organizou 
Sem ter noção de profundidade

By Renata que agora que ganhou uma capa, adora quando chove! 

3 de outubro de 2012

Amanhã


Quando eu era do tempo de sonhar sonhos de menina, eu queria me casar no dia 04 de outubro.

Amo a data. Assim, gratuitamente.

E na impossibilidade de nascer nesse dia e de realmente não desejar um filho sob o signo de Plutão, restou o matrimônio, que Santo Antônio fez questão de não ajudar.

Confesso que me deu uma vontade de dar um “google” para saber se tem algo especial reservado para amanhã. Desisti.
Tenho certeza que sim. 

By Renata que passou o dia paquerando as obras de Chagall e sabe que isso é sintoma de paixão. 

13 de julho de 2012

Contemporâneo



E quando vi já tinha dito que sentiria saudades.

Coisa mais estranha é antever que irá sentir falta do outro.

Vai que nem seja tão duro assim ficar sem o seu olho em mim, sua voz do outro lado, sua mensagem desaforada que eu teimo em ler como ironia?

Vai que...

Eu duvido, mas, vai que? 

By Renata que fala tanto e às vezes fica sem saber o que dizer. 

12 de abril de 2012

Sobre o amor e outros Rodrigos



Quis suavizar, tampar o rosto, mas não iria recuar.
Amo você. 
Sinto sua falta.
Sinto seu sorriso.
Na verdade, nunca te cobicei. 
Já te disse isso.
Sempre achei você muito pra mim. 
Sentimento mais incomum pra quem já bateu à porta do Rodrigo Santoro às 11 da noite num domingo. 
A gente sabe que ama quando aceita o objeto do amor do jeito que é. 
Então, eu te amo porque aceitei que você não é pra ser desejo.
É pra ser assim.
.
.
.

Existem tantas formas de amor e eu não espero que você me ame de nenhuma.
Daí, aqui me lembro de As sem razões do amor.

Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça

E com amor não se paga. 

A gente ama sem merecimento.
Sem razão.
A gente ama.
E com o tempo, a gente se acostuma e passa a não doer tanto.
Passa a ser parte da gente.
Só não pode nos definir.
Um amor que não teve final feliz, é só um amor que não teve final feliz.
Outros virão porque somos humanos e o que a gente saber fazer é amar.
De tantas formas. 
Até das erradas.


By Renata que não gosta de sangrar, de forma alguma, pois nesses dias é chorona e fala de amor como quem ama. 

11 de abril de 2012

Trem do desejo

Lovers, Rodin, 1911

O meu convite é para que você tenha recreios.
Recreio daquele conceito vindo da infância - momento de puro deleite, hiato das preocupações e correrias diárias.  Uma pausa das obrigações, dos compromissos, dos horários que só fazem roubar o nosso tempo.
Venho aqui defender esses momentos como necessários, urgentes, combustível do ciclo infindável da rotina.
Que não sejam aventuras.
Que sejam permissões dadas aos nossos sonhos, gostos e ritmo.
Uma mistura meio que alquímica entre a transgressão e o aceito.
Algo que nos cause a impressão de que o Universo está de acordo.
Não se trata só de prazer, falo de alegria.
De ir além do “colher o dia”, do usufruir o que está ao alcance.
Ser aquilo que para acontecer precisa de um trem chamado desejo.


By Renata que às vezes mais que recreios, quer matar aula. 



*roubei o título de umas dessas canções lindas que existem, Estrela, de Vander Lee.




4 de abril de 2012

Eterno recomeçar



Das coisas mais próprias, o nosso nome encabeça a lista.
O meu, como escreveu numa dedicatória o Bial (sim, ele era mais legal antes do BBB) é um eterno recomeço.
Acredito não ser privilégio meu gostar de recomeços. Mas, sabe como é, a gente meio que se torna o reflexo das expectativas alheias. Chamando Renata, fiz cumprir bem o que era de se esperar.  E assim sendo, tatuei uma fênix, carrego um quê de desapego, acredito no eterno e não no pra sempre e adoro a Páscoa, afinal é vida nova!
O fim inevitavelmente é só o início. Ainda bem. 

By Renata que adora atos simbólicos, tomar um porre no fim da Quaresma e de pensar que o pior já passou. 

27 de março de 2012

Na chuva


Todo mundo já se pegou cantando em algum momento “I’m singing in the rain. Just singin’ in the rain…”
Eu mesma, já protagonizei essa cena debaixo do chuveiro, mas isso é outra história.
A questão é que muitos não assistiram ao filme que hoje completa 60 anos. Não se deixe enganar pelo preconceito contra musicais, Cantando na Chuva é um filmaço. O meu predileto.
O longa de 1952, conta a história de um popular astro do cinema mudo que precisa se adaptar a chegada do som. Daí, situações cômicas e românticas se alternam entre canções e números de dança de encher a alma de tanta belezura.
Hoje, meu desejo é que você abra o coração, assista ao filme e tenha muitas histórias de amor que te façam rir de orelha a orelha e cantar e dançar na chuva, na rua, numa casinha de sapê. Mas, isso também é outra história. 

By Renata que prefere Gene Kelly a Fred Astaire, gato a cachorro, gente do bem a gente de bens! 

5 de março de 2012

Praticidade




tudo se resume em sim ou não
o talvez é um não, ou um sim, sem força suficiente.









By Renata que sabe que o primeiro passo é o mais difícil e por isso, às vezes, empaca. 

2 de março de 2012

No poder


Homens não podem recusar pedidos de casamento no dia 29 de fevereiro na Irlanda (via Estadão)

Num primeiro momento achei a notícia engraçada, mas, depois me pus a imaginar como seria isso. Entenda-se:

De acordo com a lenda irlandesa, Santa Brígida fez um acordo com São Patrício para que mulheres possam pedir a mão do homem em casamento nos dias 29 de fevereiro, diferentemente do que normalmente acontece. O homem tem que aceitar a proposta, caso contrário, a lenda diz que o mesmo terá azar. Em 1288, a Rainha Margarida da Escócia ainda estipulou uma multa aos homens que não aceitassem a proposta: deveriam pagar à constrangida mulher prêmios que variavam de beijos a Ler mais....

Quem você escolheria?

Não vale bancar a adolescente e escolher o George Clooney, até porque pense bem: o cara é cinquentão e nunca se casou. Ou seja, a vida útil está comprometida e deve ter tanta mania que haja beleza para aguentar!

Escolher e não ser escolhida. A ideia de ser senhora da própria vida. Ser protagonista. Fazer acontecer.

E se a vida fosse um eterno dia 29 de fevereiro? Se a gente pudesse experimentar o sentimento de ser aceita, de ser amada?

Algo me diz que a gente pode, mesmo que a sensação seja mais rara do que anos bissextos. 

By Renata que está a cada dia mais convencida que a atitude conta mais do que qualquer carinha bonita. 

Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades” do filme Homem Aranha