15 de outubro de 2013


Eu não sei de vem de Deus/deus, se é a conjunção dos astros, da crise nos Estados Unidos, da crise pessoal que acompanha tantos de nós pela vida, mas o fato é que muitos amigos estão se aventurando por novos caminhos. Iniciando novas carreiras, abandonando empregos vampirísticos, trocando o salário por satisfação.

Uso o verbo aventurar com muito gosto! Aparentemente não sinto que ninguém esteja se arriscando. O que vejo são pessoas se dando chances. Chances de pensar fora da caixa. Tentativas que já começam eliminando muitos erros. O maior deles: de fazer apenas o óbvio, apenas o cômodo.

E daí, no Dia dos Professores, eu penso que larguei a escola. Tantos anos e tanta dedicação, pra de repente, assim simplesmente, eu querer mais que a sala de aula. Ou querer diferente. Sem arrependimentos. Alguma saudade. E nenhuma certeza da escolha. Só a sensação de que tinha que ser assim pra um dia (que eu nem sei qual) ser assado.


Aos demais, fica a dica: acho que é uma boa hora de dar passos largos deixando um pouco de lado a cautela de medir as pernas. 

By Renata que já perdeu o medo de recomeços, mas segue evitando tingir os cabelos. 

17 de setembro de 2013

Aqueles dias que você pensa se deveria ter saído de casa



Você toma banho, escova os dentes já pensando no que vestir, escolhe o que passar na pele, se veste - a calcinha por último, toma um gole de água, cuida dos bichos e sai pegando o celular e arrumando a bolsa enquanto espera o elevador. Passa o olho no relógio e claro, já está atrasada.
Oi para o vizinho, para a zeladora do prédio e pronto, o dia oficialmente começou.
O céu no mesmo azul, o caminho até o trabalho é igual.
Aquele sinal sempre fechado.
Aquele moço que passeia com o cachorro. A senhorinha tomando sol.
Um dia como outro qualquer. Até que...
Um encontro, dentre tantos.
Uma fala em meio a um debate.
Um olhar que nem se aconteceu.
E assim, como num enredo cinematográfico-daqueles que a gente acha pouco plausíveis-, o acaso daquela terça ou quinta-feira ordinária te faz mudar o rumo.
Das ideias. Dos propósitos. Do coração.

By Renata que não tem um dia tranquilo há 2 anos, 6 meses e alguns dias...




23 de agosto de 2013

Dói em mim



Eu preciso falar de amor. Em meio à caixa de emails lotada, o trabalho se acumulando, as contas vencendo... É o amor que ocupa a minha cabeça já cheia.

O resultado é que ando transbordando. Talvez por isso, já que o rio corre para o (a)mar, o tema esteja recorrente ao meu redor.  E na maioria das vezes que alguém menciona ou que um texto surge na minha timeline, o amor aparece em sua pior faceta: a do desencontro.

A coisa mais triste no amor é a ausência de reciprocidade.

Quando um não quer, dois não se comem, não se olham, não andam juntos, não matam a saudade.

Quando um não quer, dois não se encontram. E a vida que é feita de encontros passa a ser tranquila. Daquela tranquilidade besta. Do tipo de ver a vida se tornar uma sucessão de dias.

Todo dia é igual sem a expectativa do seu olhar em mim.


By Renata que desconfia que seja mentira a máxima de que o tempo cura tudo. 


Ilustração: Marc Chagall, Romeo and Juliet, 1964

28 de maio de 2013

Unplugged


E lá se vão tantos anos. Me esqueci de muita coisa, mas me lembro do nosso aniversário.
O de separação.
Não teve sofrimento desses que a gente percebe.
Foi como se a torneira tivesse sido fechada. A luz apagada.
Só um plug off, um log out.
O que ficou de tudo?
A certeza que isso que tô sentindo hoje também vai passar.


By Renata que não sabe do próprio ciclo menstrual, ainda não decorou as letras da Anitta e tampouco sabe fazer qualquer espécie de quadradinho.