28 de julho de 2009

PERHAPS LOVE


Me perguntaram quais eram as minhas prioridades e eu não soube bem o que responder. Quero tanta coisa, mas não preciso de nenhuma delas. Tenho medo de querer tanto algo, que acabe virando necessidade. E não quero me prender a nada. Recuso necessidades. Gosto de um querer despreocupado.
Mas, um objetivo está me fazendo falta. Um sonho. Um gol.


By Renata que ainda não desfilou com sua nova tattoo por aí(vergonha).

23 de julho de 2009

Pretty in Pink


Dirigi de volta para casa imaginando como seria se minha vida fosse contada num romance. Afugentei os pensamentos que me desviavam dele. Era seu aniversário e em poucas horas estaríamos comemorando juntos. Tentei pensar no que vestir. Isso foi meio inútil, pois nunca consigo decidir essas coisas com antecedência. Passei no borracheiro para arrumar o pneu que havia furado há muitos dias. Apesar de odiar resolver essas coisas, não podia correr o risco de qualquer coisa dar errado na estrada a caminho da casa dele. Lá estariam as pessoas mais próximas da família e eu. Claro que isso me fazia sentir especial e por mais que eu tentasse não criar expectativas, era uma esforço em vão.
Sempre soube das limitações dos sentimentos dele por mim, mesmo que às vezes ele me surpreendesse, era nuvem passageira. Pior, já havia percebido um certo padrão: quando ele se aproximava demais, como fez essa semana, era questão de pouco tempo, ele me afastar ou simplesmente sumir por dias. Talvez isso fizesse parte de um jogo sádico de testar seu poder sobre mim. Talvez, essa fosse a nossa dinâmica de se contentar apenas com o suficiente.
O trânsito estava bom e eu cheguei em casa mais rápido que imaginei. O carro, depois da troca de pneu, estava bem mais estável. O tanque estava cheio. Era apenas tomar um banho, passar numa floricultura e antes do meio dia, estaria lá.
Chequei meus emails assim que alimentei meu gato à procura de qualquer hesitação da parte dele. Nada. Pensei em ligar e avisar que estava de saída, mas decidi que não era preciso. O convite havia sido bem claro. Meu celular tocou. Não reconheci o número. Atendi e era o aniversariante do dia. Almoço cancelado.


By Renata que se rendeu ao Twitter, a Crepúsculo, mas não se deixa derrubar.

*Foto do filme Sixteen Clandles.

7 de julho de 2009

Amar se aprende amando


Marcela me enviou por email um artigo intitulado: Um ano sem sexo.
Li e respondi à Marcela: prá mim, só faltam 6 meses.
A autora, a jornalista Hephzibah Anderson, diz que foi motivada pela dor de cotovelo. Também eu, certa vez, pela mesma razão, fiz voto de castidade que durou quase nada.
Mas, agora, é diferente. Os motivos que me levam à abstinência são outros. Vários outros. Todos eles convergem no mesmo ponto: superficialidade. Os encontros se tornaram tão superficiais que não há nem vontade de sexo casual. Pelo menos, eu não sinto. A entrega é cada vez menor, as pessoas não querem se mostrar, escondem sentimentos negativos. Todos fogem do conflito. Querem só a parte boa da relação. Quem não se dá, provavelmente nada recebe. E eis que surge mais uma relação sem vida, sem graça, sem nada que a sustente.
Num mundo cheio de instrumentos tecnológicos , as relações entre as pessoas acontecem com mais velocidade e com menos compromisso de continuidade. O dogma "o importante é ser feliz" é interpretado como: " o importante é eu me dar bem não importa às custas de quem, afinal a felicidade é efêmera".
A entrega é uma atitude, é acreditar em si e apostar no outro. É disponibilidade.
De que outra forma aprenderíamos a amar?


By Renata que se emociona com seriados de tv e não se cansa de assistir Thriller.

Ilustração:http://lezio.junior.zip.net/index.html