3 de outubro de 2012

Amanhã


Quando eu era do tempo de sonhar sonhos de menina, eu queria me casar no dia 04 de outubro.

Amo a data. Assim, gratuitamente.

E na impossibilidade de nascer nesse dia e de realmente não desejar um filho sob o signo de Plutão, restou o matrimônio, que Santo Antônio fez questão de não ajudar.

Confesso que me deu uma vontade de dar um “google” para saber se tem algo especial reservado para amanhã. Desisti.
Tenho certeza que sim. 

By Renata que passou o dia paquerando as obras de Chagall e sabe que isso é sintoma de paixão. 

13 de julho de 2012

Contemporâneo



E quando vi já tinha dito que sentiria saudades.

Coisa mais estranha é antever que irá sentir falta do outro.

Vai que nem seja tão duro assim ficar sem o seu olho em mim, sua voz do outro lado, sua mensagem desaforada que eu teimo em ler como ironia?

Vai que...

Eu duvido, mas, vai que? 

By Renata que fala tanto e às vezes fica sem saber o que dizer. 

12 de abril de 2012

Sobre o amor e outros Rodrigos



Quis suavizar, tampar o rosto, mas não iria recuar.
Amo você. 
Sinto sua falta.
Sinto seu sorriso.
Na verdade, nunca te cobicei. 
Já te disse isso.
Sempre achei você muito pra mim. 
Sentimento mais incomum pra quem já bateu à porta do Rodrigo Santoro às 11 da noite num domingo. 
A gente sabe que ama quando aceita o objeto do amor do jeito que é. 
Então, eu te amo porque aceitei que você não é pra ser desejo.
É pra ser assim.
.
.
.

Existem tantas formas de amor e eu não espero que você me ame de nenhuma.
Daí, aqui me lembro de As sem razões do amor.

Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça

E com amor não se paga. 

A gente ama sem merecimento.
Sem razão.
A gente ama.
E com o tempo, a gente se acostuma e passa a não doer tanto.
Passa a ser parte da gente.
Só não pode nos definir.
Um amor que não teve final feliz, é só um amor que não teve final feliz.
Outros virão porque somos humanos e o que a gente saber fazer é amar.
De tantas formas. 
Até das erradas.


By Renata que não gosta de sangrar, de forma alguma, pois nesses dias é chorona e fala de amor como quem ama. 

11 de abril de 2012

Trem do desejo

Lovers, Rodin, 1911

O meu convite é para que você tenha recreios.
Recreio daquele conceito vindo da infância - momento de puro deleite, hiato das preocupações e correrias diárias.  Uma pausa das obrigações, dos compromissos, dos horários que só fazem roubar o nosso tempo.
Venho aqui defender esses momentos como necessários, urgentes, combustível do ciclo infindável da rotina.
Que não sejam aventuras.
Que sejam permissões dadas aos nossos sonhos, gostos e ritmo.
Uma mistura meio que alquímica entre a transgressão e o aceito.
Algo que nos cause a impressão de que o Universo está de acordo.
Não se trata só de prazer, falo de alegria.
De ir além do “colher o dia”, do usufruir o que está ao alcance.
Ser aquilo que para acontecer precisa de um trem chamado desejo.


By Renata que às vezes mais que recreios, quer matar aula. 



*roubei o título de umas dessas canções lindas que existem, Estrela, de Vander Lee.