12 de fevereiro de 2009


Falar é importante. De outra forma, como as pessoas vão saber o que você pensa?


Calar também é importante, pois como você vai saber o que as pessoas pensam?


Na minha lista de promessas de início de ano, falar pouco aparece pelo menos umas três vezes. A lista não tem muitos itens, mas assunto tenho de sobra!

Falo muito quando tô alegre. Tristeza não combina com som. A tristeza é muda. Falo muito quando gosto de alguém. A ofensa não deveria existir, portanto da minha boca não sai. Falo demais quando tô esperando alguma coisa. Expectativa é barulhenta. Descrença é apática, rouca. E felicidade, então???? Não dá para ser feliz no miudinho. Preciso da bateria de uma escola de samba!


By Renata que fez aniversário essa semana e que vive em pleno carnaval.

8 de fevereiro de 2009

Egocentrismo


Até ontem você tinha alguém, daí num certa manhã, você acorda sozinha.
Tá, as coisas não acontecem assim, da noite para o dia, mas é fato que qualquer separação tem gosto de abandono. Seu ou da outra parte.
Ir embora tampouco é fácil. Ser a vítima da história tem uma reconfortante sensação de que você não tinha outra opção a não ser, aceitar. Claro que há aquela parcela ínfima da população que toma a decisão mutuamente(acho lindo gente madura).
Eu não lido bem com separação. É estranho como vivo com a lógica incerta de que pessoas a gente soma e não subtrai. Vivo sem coragem de encarar que as pessoas têm suas razões. Quando vou entender que eu não preciso reviver toda separação?


By Renata que anda mais animada com a vida do que nunca. Leia-se frenética.

P.S. Uma coisa puxa a outra agora só ao vivo e cheia de cores. Valeu, Pati!

27 de janeiro de 2009

Histórias do interior


Eu me apegara ao galo e às galinhas do caseiro do meu pai. Eram 3 galinhas. Apenas uma não tinha o pescoço pelado e somente esta não estava chocando.
O galo me impressiora pelo tamanho. Nunca tinha visto um galo tão grande! Era imponente. Forte. Nos olhava de cima e acreditava ser o dono daquele terreno irregular.
Pelas manhãs, íamos conferir se a Maricota havia dado a luz. Sem internet ou noção do assunto, ninguém se entendia quanto à duração da gravidez.
A galinha emplumada vinha há dias ciscando na entrada da casa. Numa tarde, após acompanhar a visita ao portão e recolher as roupas do varal, a encontrei próxima à escada. Corri, busquei um pedaço de pão como quem oferece uma xícara de café e joguei umas lascas em sua direção. A galinha claramente não gostou. Deu um grito, ao qual o galo respondeu prontamente, e foi ter junto a ele. O galo me lançou um olhar do tipo "não-mexa-nas-minhas-gavetas" e logo pulou em cima da galinha.
Não sei se a investida dele obteve sucesso, pois me pareceu rápida demais. Mas, logo seria noite e os dois subiram no primeiro galho de uma àrvore. Tampouco sei se galinha sonha. Já eu tenho sonhado com um galo para cantar no meu terreiro.


By Renata que tem mais motivos para ir à Vitória e Vila Velha e é Galo até morrer!

9 de janeiro de 2009

Poético


Adormeci pensando
numa poesia tal
em que seu onde
fosse o meu lugar.



By Renata que queria que a vida fosse simples assim.

autor da foto: Bê Sant'Anna