23 de agosto de 2013

Dói em mim



Eu preciso falar de amor. Em meio à caixa de emails lotada, o trabalho se acumulando, as contas vencendo... É o amor que ocupa a minha cabeça já cheia.

O resultado é que ando transbordando. Talvez por isso, já que o rio corre para o (a)mar, o tema esteja recorrente ao meu redor.  E na maioria das vezes que alguém menciona ou que um texto surge na minha timeline, o amor aparece em sua pior faceta: a do desencontro.

A coisa mais triste no amor é a ausência de reciprocidade.

Quando um não quer, dois não se comem, não se olham, não andam juntos, não matam a saudade.

Quando um não quer, dois não se encontram. E a vida que é feita de encontros passa a ser tranquila. Daquela tranquilidade besta. Do tipo de ver a vida se tornar uma sucessão de dias.

Todo dia é igual sem a expectativa do seu olhar em mim.


By Renata que desconfia que seja mentira a máxima de que o tempo cura tudo. 


Ilustração: Marc Chagall, Romeo and Juliet, 1964

28 de maio de 2013

Unplugged


E lá se vão tantos anos. Me esqueci de muita coisa, mas me lembro do nosso aniversário.
O de separação.
Não teve sofrimento desses que a gente percebe.
Foi como se a torneira tivesse sido fechada. A luz apagada.
Só um plug off, um log out.
O que ficou de tudo?
A certeza que isso que tô sentindo hoje também vai passar.


By Renata que não sabe do próprio ciclo menstrual, ainda não decorou as letras da Anitta e tampouco sabe fazer qualquer espécie de quadradinho. 

Das complicações do amor

Ele terminou o email assim:
“Aliás, acho que há várias formas de amor.”
Eu não retruquei. Mas, não concordo.
No que tange o amor, só existem duas opções: ele existe ou não.
E se ele não é correspondido no mesmo nível, ele não existe.
Simples assim. Doloroso assim.
Daí, a gente inventa uma relação que dê conta desse sentimento desencontrado.
Ela até funciona, mas não é simples.
E quando a balança fica muito desiquilibrada, dói. Ah, como a ausência é cruel.
É como uma dominatrix andando de salto agulha no coração.



By Renata que tem que não gosta de inverno, mas adora usar bota. Ou seja, tudo tem dois lados, ou mais.  

8 de maio de 2013

Desejo

O que eu quero?
Quero dividir o copo d'água com você.



By Renata que deveria querer um pouco mais para ter poder de barganha.