10 de agosto de 2009

Mais um na multidão


Numa conversa em mesa de bar num sábado qualquer desse inverno que nunca chega, eu descobri que lavo os cabelos bem menos do que a maioria, que as pessoas tomam banhos especias dependendo da ocasião e eu não. Que grandes amores têm ligação estreita com loucuras, performances, sexo fantástico. Os meus grandes amores não me remetem à sexo. As boas transas acontecem com quem eu transo. Sexo é igual a cerveja: maravilhoso para quem gosta. Percebi que intimidade é ultrapassar um limite invisível que cada um tem. O meu máximo de intimidade é algo totalmente banal para os que se sentavam à mesa comigo. Enxerguei que as pessoas querem ajudar, fazer parte e eu não dou muita chance. Descobri que só eu gosto de calcinha de oncinha, que tenho menos tolerância a pêlos e que chego a ser fanática por seriados de tv. Não tenho com quem conversar sobre os musicais dos anos 40, não tenho o que falar sobre motéis e não tenho ideia de quando, mas eu ainda vou conseguir me desgarrar de tudo. Antes, tenho que passar uma semana no Louvre. Ou seja, sou diferente como todo mundo é. Isso nos torna meio iguais, não?


By Renata que agora anda de ônibus, já que o carro foi roubado, guinchado, achado e agora, está na garagem, parado.

3 comentários:

Anônimo disse...

Pra mim sexo é igual pizza, até quando é ruim, é bom.
Bjos,
Jana

Impractical and perfect ... disse...

Ahh...

Esse sim adorei, texto e conteúdo...

Tenho muito que aprender e não sei nada sobre os musicais do ano quarenta...hihi

Ótimo seu blog...

Bê Sant Anna disse...

Bom demais esse post.
Muito a dizer sobre isso, mas é melhor meditar antes.
;)
Bê ijo