31 de outubro de 2006

Cuidado ao manusear



Desde o início do ano vem crescente a idéia de buscar novas maneiras de lidar com a vida. Afinal, não me conformo que a vida se resuma a um amontoado de deveres a serem cumpridos.
A primeira idéia foi morar na praia, num vilarejo. Trocar o carro com seguro e IPVA por um fusca ou quem sabe uma bicicleta. Trabalharia de garçonete nas temporadas.
Casamento também foi cogitado. Calma, eu explico. Cansada de aguentar tanta pressão sozinha, talvez a idéia de alguém para cuidar de mim e dividir o peso das sacolas do supermercado fosse o que faltava.
Arrumar um segundo emprego. Assim, a renda aumentaria e diminuiria o stress da falta de grana.
O fato é que quase fiquei sem meu primeiro e único emprego, casar envolve amar alguém e ser correspondido(prá início de conversa) e faltou coragem para ir pra praia.
Viver sob pressão deixou de ser um privilégio vivido em algumas épocas do ano. Ou fases. Minha vida é assim. Resta saber o que fazer com isso. Deixar que me anulem ou tirar proveito dessa adrenalina.
Que seja então... pro alto e AVANTE!!!!!!!!!


By Renata que precisa de uma massagem nas costas para início de conversa.

26 de outubro de 2006

Dúvida Cruel

Estou com uma dúvida cruel !
Alguém me ajude! O problema é o seguinte:
Lula anda se comparando a Cristo,Tiradentes, Getúlio Vargas e JK. Bem, isto é um direito dele mas, afinal... no dia 29 de outubro a gente:

a) Crucifica?

b) Enforca?
c) Mete uma bala no peito?
d) Passa o caminhão por cima?

(e-mail que circula na net)


By Renata que vota no Alkmim para o desespero de Patrícia que vota no Lula.

24 de outubro de 2006

Solidão uuu...uuuu..



Hoje parece que tem um elefante sentado no meu peito.
Uma saudade sei lá de quê, uma vontade ainda não admitida ...
Acho que é um daqueles momentos em que você olha para sua cama e não queria que ela estivesse tão vazia.
Acho que isso passa.
Acho que sim.
Ontem a euforia era quase incontrolável. E hoje, cá estou, inconsolável.
Odeio me sentir assim, pois logo surge uma menos-valia, uma quase que mendigância por carinho.
E nesses momentos de vulnerabilidade, em que a menina em mim se acha feia e desajeitada, acontecem os maiores atropelos.
Não nos achamos dignas de felicidade.
Daí qualquer coisa boa( um novo amor, a saída com as amigas...) é deixada para escanteio. Toda vez que nos sentimos infelizes, a tendência do poço é puxar para baixo.

By Renata que quer que a solidão dê um tempo e vá saindo...

23 de outubro de 2006

O dia em que a Patrícia ficou zen


Esse não era é um dia para se passar em branco. Em algum lugar nessa imensidão pode-se saber que há um abalo císmico, um novo líder espiritual está nascendo, quiçá a cura da Aids não está sendo descoberta...
Apesar de achar que a subida vertiginosa do time de coração rumo à primeira mereça seu próprio post, a Patrícia discordou. Ela acha que a falta de inspiração dela deva ser a minha.
E acha também que a foto da nossa comunidade no Orkut não está nada boa. Sendo assim, eu devo achar um melhor.
Na verdade, ela exigiu. Acho que ficou zen paciência de tanto ficar zen...
Por que esse lance de zen é meio monótono, nao é não?
Tudo sem conflito, sem adrenalina, sem arroubos! Tudo na conversa, no entendimento e respeito mútuos. No fundo, uma música suave. Talvez um coral de Padres Beneditinos ou um concerto de flautas. Ou harpa.
Mas para mim essa idéia de paraíso tá longe de ser a ideal. Quero passar a eternidade não num inferninho, mas que seja open bar!

By Renata em homenagem a Dança do Carangueijo by Patrícia
.

Vamos subir GalÔOOOO!!!!!!


"Se houver uma camisa preta e branca pendurada no varal durante uma tempestade, o atleticano torce contra o vento."
Mas o que é ser atleticano?
É uma doença?
Doidiviana paixão? Uma religião pagã?
Benção dos Céus?
É a sorte grande?
O primeiro e único mandamento do atleticano é ser fiel e amar o Galo sobre todas as coisas.
Daí, que a bandeira atleticana cheira a tudo neste mundo:
Cheira ao suor da mulher amada;
cheira a lágrimas;
cheira a grito de gol;
cheira a dor;
cheira a festa e à alegria;
cheira até mesmo a perfume francês.
Só não cheira a naftalina, pois nunca conheceu o fundo do baú, tremula ao vento.
A gente muda de tudo na vida:
Muda de cidade;muda de roupa;
muda de mulher;
muda de partido político;
muda de religião;
muda de costumes.
Até de amor a gente muda.
A gente só não muda de time, quando ele é uma tatuagem com as iniciais CAM,do Clube Atlético Mineiro, gravada no coração.
É um amor cego e têm a cegueira da paixão.
Já vi atleticano agir diante do clube amado com o desespero e a fúria dos apaixonados.
Já vi atleticano rasgar a carteira de sócio do clube e jurar: "Nunca mais torço pelo Galo".
Vi atleticano falar assim, mas, logo em seguida, juntar os pedaços da carteira rasgada e colar, como os amantes fazem com o retrato da amada.
Que mistério tem o Atlético que, às vezes, parece que ele é gente? Que a gente o associa às pessoas da família (pai, mãe, irmão, tio, prima)?
Que mistério tem o Atlético que a gente o confunde com uma religião? Que a gente sente vontade de rezar "Ave Atlético, cheio de graça?"
Que a gente o invoca como só invoca um santo de fé?Que mistério tem o Atlético que, à simples presença de sua camisa preta e branca, um milagre se opera?
Que tudo se alegra à passagem de sua bandeira? Que tudo se transfigura num mar preto e branco?
Ser atleticano é um querer bem. É uma ideologia.
Não perguntem se sou de esquerda ou de direita.
Acima de tudo, sou atleticano, e nesse amor, pertenço ao maior clã do planeta: o Clube Atlético Mineiro, uma instituição onde cabem homens, mulheres, jovens, crianças.
Diante do Atlético todos são iguais.
Obrigado, Senhor, por ter me dado a sorte de nascer atleticano.O choro de hoje será a nossa glória de amanhã, o nosso dia há de chegar.
Amor da nossa terra, paixão da nossa gente.
Filosofia máxima de um povo.Galo: sempre, muito antes e acima de tudo.
(Roberto Drummond)

By Renata que iria escrever sobre o bloqueio criativo da Patrícia. O texto tinha nome... "O dia em que a Patrícia ficou zen", mas a paixão pelo Galo falou mais alto e nenhum texto explica melhor o que é ser atleticano do que este. Em tempo: recorde brasileiro de público no último sábado-57.000 pagantes.

20 de outubro de 2006

Aventuras de uma jovem senhora

- Oi! Onde você está?
- Na rodoviária.
- Atéeeeeeee agora???????????????

(30 minutos depois)

- E aí amiga?
- Uai, tô aqui na rodoviária?
-O quÊEEEEEEEEEEEEEEEEE??????

( 1 hora e meia depois)

- O que vamos fazer? Vamos para a festa mesmo?
- Você eu não sei... eu tô na rodoviária ainda...

Na verdade, foram 3 horas de espera na rodoviária. Lugar, digamos, pouco aprazível para se passar tanto tempo.
O jeito foi buscar um livro no carro e me deliciar com minha leitura.

- A senhora tem um carregador de celular?
- Não, infelizmente não.
- É que não tenho bateria e preciso ligar para meu cunhado me buscar.
- Como já te disse, não tenho.

O olhar de pidão daquele caipira me comoveu.( Deus, como sou fácil!) .

- Pronto, usa a minha bateria.
- A senhora é de Alterosa também?
- Não.
- É de Divinópolis?
- Não.
- A senhora então deve ser daqui...
- Sou sim.

Este interessante diálogo não me deixava prosseguir com a minha leitura. Mas eu era insistente e não desviava o olhar do livro. Mas acho que ele era mais.

- A senhora vai viajar?
- Não.
- ah.
...
- A senhora então deve estar esperando alguém.
- Sim.
- Posso saber quem?
- Meu primo.
- E o primo da senhora vem da onde?
- São Paulo.
- São Paulo... sei.
- Pois é.
- Ele trabalha com lingerie?
- Não.

O rapaz se dirige à lanchonete e compra uma lata de cerveja e grita de lá?

- A senhora aceita uma cerveja?
- Não, obrigada.
- Um suco?
- Não, muito obrigada.
- A senhora tem certeza? Tem de uva, de pêssego...
- Tenho certeza sim. Obrigada.

Continuo minha leitura até ele vir mais uma vez...

- Vou dar uma manga para senhora!
E tirou uma manga de dentro da sacola.
- É lá da minha roça. Sem produto nenhum, uma delícia. Pode comer que a senhora vai adorar!
- Obrigada.

Ainda bem que ele logo foi embora. E eu fiquei segurando a manga. Não teria coragem de jogá-la fora. E tentei equilibrar a bolsa, a manga e o livro. Ah, o livro. Vamos à ele.

- A senhora é muito bonita e elegante.

Bom, pelo menos esse não rendeu assunto.
De repente, se aproxima uma mulher grávida. Muito grávida. Sentou-se ao meu lado e quis saber quem eu esperava, de onde vinha, qual era o tempo de atraso... Daí um rapaz comentou que o ônibus da amiga dele estava atrasado 15 minutos. Éramos 3 ansiosos. O rapaz comentou que se fosse eu pararia de ler porque era a chamada "leitura branca", pois não me lembraria de nada que li por estar com a cabeça em outro lugar. Quis negar, mas acabei fechando o livro.
O marido da mulher grávida chegou para nosso alívio. A impressão é que a mulher ia dar a luz a qualquer momento.
Ficamos eu e o rapaz que comentou que eu deveria ser executiva pela minha roupa e já disparou a falar que as mulheres da capital eram muito independentes e queriam ser assim. Que as mais bonitas iam embora das festas sozinhas pois os homens não têm coragem de se aproximar. Que no interior a vida é mais fácil. Que eu não aparentava a minha idade e que eu deveria ir mais para a balada. Segundo ele, as mulheres menos favorecidas saem mais.

- Renata?
- Oi!
- É a tia. Seu primo está na rodoviária e não consegue falar no seu celular. Onde você está?
- Oi tia. Estou na rodoviária também.
- Ué, ele falou que não te viu.
- Pode deixar tia, vou procurá-lo.

Me despeço do rapaz, ele pede meu telefone. Eu sorrio e dou tchau.

By Renata que não via o primo há 20 anos, achou a manga um presente inusitado, mas gostou mesmo foram das flores que recebera de manhã.
-

19 de outubro de 2006

Carapuça

BAR RUIM É LINDO, BICHO!

Eu sou meio intelectual, meio de esquerda, por isso freqüento bares meio ruins.Não sei se você sabe, mas nós, meio intelectuais, meio de esquerda, nos julgamos a vanguarda do proletariado, há mais de 150 anos. (Deve ter alguma coisa de errado com uma vanguarda de mais de 150 anos, mas tudo bem).
No bar ruim que ando freqüentando nas últimas semanas o proletariado é o Betão, garçom, que cumprimento com um tapinha nas costas acreditando resolver aí 500 anos de história. Nós, meio intelectuais, meio de esquerda,adoramos ficar "amigos" do garçom, com quem falamos sobre futebol enquanto nossos amigos não chegam para falarmos de literatura.
"Ô Betão, traz mais uma pra gente", eu digo, com os cotovelos apoiados na mesa bamba de lata, e me sinto parte do Brasil.
Nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos fazer parte do Brasil, por isso vamos a bares ruins, que tem mais a cara do Brasil que os bares bons, onde se serve petit gateau e não tem frango à passarinho ou carne de sol com macaxeira que são os pratos tradicionais de nossa cozinha.
Se bem que nós, meio intelectuais, quando convidamos uma moça para sair pela primeira vez, atacamos mais de petit gateau do que de frango à passarinho, porque a gente gosta do Brasil e tal, mas na hora do vamos ver uma europazinha bem que ajuda. A gente gosta do Brasil, mas muito bem diagramado. Não é qualquer Brasil. Assim como não é qualquer bar ruim. Tem que ser um bar ruim autêntico, um boteco, com mesa de lata, copo americano e, se tiver porção de carne de sol, a gente bate uma ali mesmo.
Quando um de nós, meio intelectuais, meio de esquerda, descobre um novo bar ruim que nenhum outro meio intelectual, meio de esquerda freqüenta, não nos contemos: ligamos pra turma inteira de meio intelectuais, meio de esquerda e decretamos que aquele lá é o nosso novo bar ruim. Porque a gente acha que o bar ruim é autêntico e o bar bom não é, como eu já disse.
O problema é que aos poucos o bar ruim vai se tornando cult, vai sendo freqüentado por vários meio intelectuais, meio de esquerda e universitárias mais ou menos gostosas. Até que uma hora sai na Vejinha como ponto freqüentado por artistas, cineastas e universitários e nesse ponto a gente já se sente incomodado e quando chega no bar ruim e tá cheio de gente que não é nem meio intelectual, nem meio de esquerda e foi lá para ver se tem mesmo artistas, cineastas e universitários, a gente diz: eu gostava disso aqui antes, quando só vinha a minha turma de meio intelectuais, meio de esquerda, as universitárias mais ou menos gostosas e uns velhos bêbados que jogavam dominó.
Porque nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos dizer que freqüentávamos o bar antes de ele ficar famoso, íamos a tal praia antes de ela encher de gente, ouvíamos a banda antes de tocar na MTV. Nós gostamos dos pobres que estavam na praia antes, uns pobres que sabem subir em coqueiro e usam sandália de couro, isso a gente acha lindo, mas a gente detesta os pobres que chegam depois, de Chevete e chinelo Rider. Esse pobre não, a gente gosta do pobre autêntico, do Brasil autêntico.
E a gente abomina a Vejinha, abomina mesmo, acima de tudo. Os donos dos bares ruins que a gente freqüenta se dividem em dois tipos:os que entendem a gente e os que não entendem. Os que entendem percebem qual é a nossa, mantém o bar autenticamente ruim, chamam uns primos do cunhado para tocar samba de roda toda sexta-feira, introduzem bolinho de bacalhau no cardápio e aumentam em 50% o preço de tudo. Eles sacam que nós, meio intelectuais, meio de esquerda, somos meio bem de vida e nos dispomos a pagar caro por aquilo que tem cara de barato. Os donos que não entendem qual é a nossa, diante da invasão, trocam as mesas de lata por umas de fórmica imitando mármore, azulejam a parede e põem um som estéreo tocando reggae.
Aí eles se fodem, porque a gente odeia isso, a gente gosta, como já disse algumas vezes, é daquela coisa autêntica, tão brasileira, tão raiz.
Não pense que é fácil ser meio intelectual, meio de esquerda, no Brasil! Ainda mais porque a cada dia está mais difícil encontrar bares ruins do jeito que a gente gosta, os pobres estão todos de chinelo Rider e a Vejinha sempre alerta, pronta para encher nossos bares ruins de gente jovem e bonita e a difundir o petit gateau pelos quatro cantos do globo. Para desespero dos meio intelectuais, meio de esquerda, como eu que, por questões ideológicas, preferem frango a passarinho e carne de sol com macaxeira (que é a mesma coisa que mandioca mas é como se diz lá no nordeste e nós, meio intelectuais, meio de esquerda, achamos que o nordeste é muito mais autêntico que o sudeste e preferimos esse termo, macaxeira, que é mais assim Câmara Cascudo,saca?).
-Ô Betão, vê um cachaça aqui pra mim. De Salinas quais que tem?


Post by Patrícia, meio intelectual meio de esquerda, e fã desta crônica antiga mas tão atual do Antônio Prata.

Amigas ao telefone


-Oi, me conta como foi o encontro de ontem a noite ?

- Horrível, não sei o que aconteceu...

- Mas por que ? Não te deu nenhum beijo ?

- Sim... beijar, me beijou. Mas me beijou tão forte que meu dente postiço da frente caiu e as lentes de contato verdes saltaram dos meus olhos...

- Não me diga que terminou por ai ...

- Claro que não. Depois ele pegou o meu rosto entre suas mãos. Tive que pedir que não o fizesse mais, porque estava achatando o botox . Se continuasse a morder os meus lábios , iria explodir o meu implante de colágeno . Meu mega hair quase caiu !!!

-E... não tentou mais nada ? -Sim, começou a acariciar minhas pernas e eu o detive, porque lembrei que não tive tempo para me depilar. E além do mais, me arrebatou com uma fúria tamanha , me abraçava tão forte que quase ficou com minhas próteses da bunda nas mãos . Que fogo !!! acabou estourando o meu silicone do peito...

- E depois, o que aconteceu ?

- Aí então, começou a tomar champagne no meu sapato...

- Ai, que romântico...!!!

- Romântico o cacete ! Ele quase morreu!!!

- E por que ? - Engoliu meu corretor de joanete com a palmilha do salto...

- Nossa, e o que ele fez ? - Você acredita que ele broxou e foi embora??!! Acho que ele é viado ..

- Ah! Só pode!

By Renata que recebeu este e-mail e se identificou. Mulheres são detalhistas nas suas narrativas de encontros e homens são viados quando não gostam da gente.

18 de outubro de 2006

Tomada de decisões


Não gosto de restaurantes self-service. Me atrapalho ao me deparar com tantas opções e inevitavelmente misturo suflê de bacalhau e feijoada.
Além de ser uma "boca-nervosa" , acho um desperdício não aproveitar tanta comida boa!
E assim sigo com namoros e afins.
- Tem que escolher um só?
Opa! Não que eu seja leviana. Longe de mim! É que prefiro deixar o jardim cheio de borboletas a prender uma só para mim!
Isso tende a mudar. Assim eu espero.
Os pratos estão mais selecionados, ou seja, mais saudáveis. Não compro mais sapatos do mesmo modelo e cores variadas.
A mala de viagem se tornou prática. Os gostos mais definidos.
Não se pode ter tudo é um mantra.

E não se deve contentar-se com pouco, a meta.

By Renata que já escolheu a trilha errada e ficou perdida por horas na mata. Literalmente e metaforicamente também.

17 de outubro de 2006

É hoje o dia

Os espiritualistas dizem que hoje (17/10) começa uma nova era com uma nova energia no sistema solar trazendo para a terra uma revitalização única. É a data mais importante dos últimos 200 anos! Hoje será dado a cada um de nós, habitantes do planeta, a chance de receber essa energia positiva, nunca acontecida até então. Qualquer pensamento positivo está valendo, mas sugerimos que você faça esta oração:

"É chegada a hora da revolução.
Que venha toda essa luz,
Desça agora sobre nós e fique para sempre!
Sem data para partir pois agora tudo é infinito!
Que chegue trazendo o que merecemos.
E nos anime a transformar tudo o que recebemos.
Que o pão seja sinônimo de pura abundância.
E a água singela redundância de purificação!
Agradeço!Agradeço a todo o universo a perfeição de existir.
A chance, agora mais fortalecida, de evoluir e a realidade vindoura do verdadeiro construir!Construção feita de sentimentos
Usando os materiais do coração.
Decorando a nova vida com as cores da paz!
Salve salve bendita paz!
Merecida e sonhada paz!
Bendita seja ardentemente e desejada paz!

"O astrólogo Marcelo Dalla explica que esse "evento cósmico de hoje" faz parte de um acontecimento maior, chamado Transição Planetária, citada pela antroposofia, pelo budismo e até pela cabala. Segundo essa linha de pensamento, muitas coisas vão acontecer com o planeta, até o ano de 2012, início da era de Aquário. O ano de 2012 será definitivo, uma limpeza no planeta irá acontecer. A Terra vai elevar a sua vibração e as pessoas estão sendo motivadas a fazer o mesmo. Hoje é dia de expandir a consciência, um tempo de abertura de portais. Segundo Marcelo, existem 12 dimensões, mas só temos consciência de três, abrindo agora as portas para a quarta. O ideal é que todos hoje mentalizem a paz no planeta.

By Renata que vai mentalizar além da paz(que carrega no coração e no pé), emprego, saúde, amor porque assim a vida melhora e um visto para os Eua.

16 de outubro de 2006

Cerejinha

- Alô?
- Alô!
- Oi, é você?
- Sim. Não acredito que seja você depois de tanto tempo!
- Desculpa ligar nesse horário é que aconteceu uma coisa que eu acho que você deveria saber.
- Não precisa se desculpar. Fico feliz que você tenha ligado.
- Pois é, menina. Quanto tempo! Que saudades...
- Nem me fala. Mas e aí?
- Ah, tanta coisa! Virei macrobiótica!
- Não me diga! Macrobiótica não é aquele lance naturalista, ou é?
- Não, não. Macrobiótica é um pouco mais radical que vegetariano. Não como ovo, por exemplo.
- Que máximo! Acho que era algo assim que eu precisava para minha vida. Que bom que você me ligou.
- Você está mastigando?

- Sim.
- O que?
- Estou comendo milho com arroz. E ovo.Quase uma refeição macrobiótica. Pelo menos sem carne!
- Gente que gracinha, um prato amarelo e branco. Eu vou fazer um estudo para combinar a alimentação com as cores e tendências da estação. Não é uma ótima ideia? O seu prato sempre na moda!
- Que coisa...
- Nossa amiga, 500 minutos!
- É mesmo, 500 minutos por mês!!!
- Você se casou?
- Casei e tenho uma filha.
- Não acredito. Crianças são uma benção, não é mesmo!
- Menina, demais.

- Crianças são o futuro. Só de pensar nelas meus olhos se enchem de lágrimas...
- Eu também, nem me fale. vejo que você não perdeu a sua sensibilidade.Você deveria ter filhos.
- Não, obrigada. Ainda não consegui nem parar de comer carne. Mas não uso peles.
- Nem de guaxinim? Acho um luxo!
- Não, não. Sou modelo do Greenpeace.

- Poxa eu acho um charme aqueles chapeuzinhos de pele com o rabinho pendurado.
- Pois é, não uso.
- Que mais? E Playboy, pensa em fazer?
- Prefiro a Vip. Já fiz 3 vezes e estou cotada para ser a próxima capa de aniversário, se bem que a Cica...
- Eu sou divulgadora.
- Que exótico!
- Saio por aí colando cartazes. Assim, nos bares.
- Parece ser divertido.
- E é. Tenho minha própria empresa.
- Fascinante. Aliás, você sempre surpreende! Lembro-me do dia que você usava, como dizer, uma calcinha de cor cítrica, amarelo-limão.
- Eu tava de saia?
- Não! A calcinha era mais alta que a calça.

- Ai amiga, aquele tempo era mágico.
- Muito mágico mesmo...
- Quantas loucuras!

- Éramos tão amigas. Como será que nos perdemos?
- Não pense assim. Que bom que você reapareceu agora.
- Nossa, parece que foi ontem que nos vimos.
- Imagina se nos falássemos todos os dias? Nem teríamos mais assunto.
- Pior que é. Agora temos muito o que colocar em dia.
- Olha que coincidência você aparecer justo no dia dos professores! Isso é um sinal. Nos conhecemos no magistério!!!


- Não foi?Eu acho que tem tudo a ver.
- Demais.
- Você é a cereja do meu sorvete.
( a partir daí o diálogo verídico sobre assuntos sulrreais foi interrompido por uma crise de riso).

By Renata e Patrícia em dia que a falta do que fazer reinou. O nosso amor a gente inventa. Assim como o que falar.

13 de outubro de 2006

Frenestismo

Parece que vai chover.
Mas, nunca chove. O tempo fica nessa de nos pregar uma peça. De fazer que vai, mas não vai.
Não lavei o carro porque o céu estava escuro.
Não fechei as janelas de casa porque não chove mesmo.
Esse chove não molha é irritante!
Tenho pouca paciência com situações assim.
Prá mim, o amor tem pressa.
Se tivesse começado ontem, hoje faria um dia.
Se foi, já foi tarde.
Raciocínios lentos me irritam. Longas explicações também.
E se você quiser, então me queira.

By Renata que acredita que devagar nunca se vai longe. Mas que provavelmente, deva estar errada.

9 de outubro de 2006

Não se esqueça da minha Caloi

No mundo dos adultos, acontecem coisas que nunca imaginaríamos plausíveis até os 25, 26 anos. O homem casado ainda é anti-ético, mas pode acontecer com qualquer uma. E não só com aquela mulher desavergonhada.
O jogo da sedução torna-se pré requisito. Se não, não há sobrevivência. No mundo das relações, cada um joga com a arma que tem e definitivamente com o passar dos anos, vamos perdendo nosso armamento natural.
O sexo torna-se desvinculado do amor e mais ainda, do relacionamento. Sei que isso acontece até com os adolescentes. Mas entre adultos a chance de alguém se machucar é mínima e de ser muito bom, é grande.
A segurança faz muita diferença. Já aceitamos que nem todo mundo gosta da gente e assim é até melhor, porque a gente pára de tentar agradar.
Não temos tanto medo do futuro porque percebemos que ele acontece mesmo e é muito melhor do que imaginávamos.
Reconhecemos os príncipes e princesas por outro prisma e não mais pelo cavalo branco e longas madeixas loiras.
Nossos pais passam a ser filhos.
Somos capazes de sermos bons pais.
Ou não.
De qualquer forma qualquer atitude é nossa responsabilidade. Só nossa.

By Renata que adora ser adulta, mas queria um presente no dia das crianças.

7 de outubro de 2006

Festa a fantasia

As unhas foram pintadas de vermelho. A boca, não. Nem se lembrava da última vez que tinha passado batom vermelho. Ou qualquer batom. Gostava de pintar as bochechas. Dava um ar jovial. Mas, só.
Coberta de "ouro"da cabeça aos pés, a Cigana aguardava o Zorro e a Colombina chegarem. A noite ia ser uma festa! Com super-heróis, havainas e fatalmente muitas espanholas! A Cigana se deliciava diante do espelho com caras e bocas, rindo da própria sorte. Aquela tinha sido uma semana abençoada. E terminá-la dessa forma, era melhor do que se podia esperar. Nenhuma cigana do mundo teria lhe previsto aquele farfalhar que ela ouvia e sentia dentro de si. Como era bom se sentir feliz! Não sei se toda as mulheres quando se sentem mágicas assim, têm vontade de dançar. Mas, aquela ali tinha.

By Renata que em outros tempos teria tomado um banho de rosas vermelhas antes de sair.

5 de outubro de 2006

O negócio é a propaganda


Marketing é tudo. Saber agregar valor a um produto ou serviço valendo-se apenas de terminologias especiais é uma arte.
A história " O mágico de Oz" é de 1939. Ou seja, existe muito antes da Broadway se tornar referência teatral. Mas quando me apresentaram " o grande musical" , "a superprodução da Brodway...", eu confesso que comprei. Meus olhos até brilharam! A auto-valorização também é importante! Oitenta reais o ingresso! Pensei comigo que só poderia ser coisa boa. E quando li, efeitos de pirotecnia???? Enlouqueci!!!
Bom, vamos aos fatos. O ingresso não valia nem R$ 15,00. Era preferível gastar esse valor para comprar 5 garrafas de água mineral, ainda que 5 não fossem o suficiente para abrandar o calor que fazia debaixo daquela lona de circo. (onde eu estava com a cabeça quando imaginei que teria ar condicionado? Ah, já sei! Nas doces palavras do produtor... "mega", "sucesso sem predentes".)
Vou repensar meu vocabulário. Talvez um upgrade nas palavras dê resultado. Afinal quem não acha mais interessante uma piscina vertical a um chuveirão???

By Renata que tenta vender seu peixe, mas a publicitária é a Patrícia.

2 de outubro de 2006

Profunda ou profana?


Segunda-feira nublada.
Outubro e eu com blusa de lã.

Além da condição metereológica adversa, essa segunda-feira tem outras características:
-Começa a corrida para o 2º turno. Acredito que o Lula nunca poderia imaginar isso!
-Os corpos do acidente da Gol começam a ser retirados.
-Ninguém mais se lembra do episódia Cicarelli. Ou ao menos, não tem tanta importância mais.
-Entramos no último bimestre de 2006 ( o ano que nunca acaba!)
Acredito que foi a Clarice Lispector que falou que os escritores têm que ser tristes. A tristeza dá muito mais material e introspecção suficiente para escrever.
Caso tenha sido ela, ela está com a razão.
Prova disso é minha montanha russa emocionalX minha produção no blog.
A alegria inicial me motiva bastante. Mas aos poucos, esse estado de felicidade me torna aérea. Solta. Leve. Boba.
Como boa aquariana, acho que assim crio uma barreira entre mim e os problemas. Assim a tristeza não persiste. E dessa forma, absorta no ar, não me torno uma grande escritora. Sigo profunda como um pires. E quem não me conhece, que me compre.

By Renata que tentou falar dos assuntos do momento. Mas seus pemsamentos a levaram para outro lugar.