29 de setembro de 2006

Uma doida puxa a outra



Coisas em comum.
Interesses unem pessoas, movem nações, motivam guerras e tal e coisa
Boas amigas. Maravilhosas amigas. Uma sorte danada!
Mas tem umas coisas que é até constrangedor de explicar.
Eu sou louca. Louca mesmo.
Não, não é o discurso eu sou porra louca, muito doida e foda-se não.
O buraco é mais embaixo. É desajuste. É surto. Às vezes eu surto.
Tem época que é surto leve, que as pessoas que convivem no dia a dia acham graça, no máximo excêntrico. As que me conhecem bem e gostam de mim balançam a cabeça ou dão um suspiro e passam batido. Essa Patrícia... Ou então falam consigo mesmas, a Patrícia é doida. E ponto.
Mas tem época que o surto é mais forte.
O que acontece na realidade é que como eu sou inteligente, articulada, dou conta da minha vida, ajudo na casa da vovó, pago as contas em dia , sou uma mãe coerente, uma pessoa de bem e do bem, uma raladora , guerreira , esposa companheirona e amiga carinhosa mesmo do meu jeitão estovado – o meu psicodelismo fica camuflado. Ou pesa pouco na balança. Sei lá...
Acho até que eu surto é para dar conta da vida mesmo.
Porque eu sou dessas, que vivem sorrindo. Ah isso é mesmo. Encaro a pedreira que for, mas no bom humor (salvo honrosas e gravíssimas exceções)
Mas essa auto análise aqui que esse post virou é pelo seguinte: eu e Rena temos muitas coisas diferentes.
Eu já entendi que a gente é o avesso. Impressionante.
Mas o que nos une é a loucura.
Gente é verdade: um doido cheira o outro. E eu e Renata pulamos de cabeça na loucura uma da outra a ponto de às vezes não saber o que é doideira de quem.
Engraçado de mais.
Divertido de mais.
Catártico de mais.
Siamês de mais.
Cúmplice de mais.
Adolescente de mais.
Ridículo e preocupante – mas não de mais.
E quando formávamos um trio calafrio coma presença da Sílvia aí era realmente surreal.
Éramos As Garotas Superpoderosas.
Éramos As Panteras.
Interessante uma coisa: separadas somos desajustadas sim. Cada uma na sua paranóia.
Mas juntas, a situação fica crítica.
Impressionante o poder do surto coletivo.

By Patrícia que jura que mais louco é quem me diz que não é feliz.

Uma doida puxa a outra -Parte 2


A Patrícia chegou a conclusão de que beiramos a insanidade. Mas hoje tô tão de bom humor com esse vestido laranja que adorei a idéia.
A loucura ou insânia é uma condição da mente humana caracterizada por pensamentos considerados "anormais" pela sociedade.
Essa é a definição da Wikipédia. Não sei se é o vestido laranja, mas adorei essa definição.
Não creio que sejamos normais não.Ontem quando rolávamos de rir do debate político eu me perguntei em voz alta:
-Gente, porque não podemos ser aquelas pessoas básicas? Por que não nos contentamos com a vida do jeito que ela é?
Mais uma crise de riso e não soubemos responder. Toda e qualquer pergunta do gênero vai inevitavelmente cair na resposta: "A gente é maluca mesmo".
Às vezes eu acho a Patrícia mais doida do que eu. Deve ser ao fato de que o Id dela funciona menos que o meu.
Mas a verdade é que ela tem a vida bem mais certinha que a minha. Por esse ponto de vista, a maluca sou eu!
Enfim, a gente funciona. E bem. E as pessoas ao nosso redor querem ser nossas amigas.(Um bando de loucas!)
O tempo vai passando, a gente continua criando planos infalíveis, tendo a visão mais real da realidade, cheias de respostas para as dúvidas alheias e cheias de perguntas sobre nós mesmas.


By Renata que tem dias que se acha muito normal e tem muitas saudades da Silvia.

28 de setembro de 2006

Blá, blá, blá


Ontem passei o dia inteiro numa reunião. Uma reunião de duas pessoas. Eu e mais um. Às vezes era um monólogo, outras vezes o diálogo fluia bem.
Assim passou o dia.
E eu nem senti.
Não sei reproduzir a conversa. As oito horas de tete-a-tete se resumem em 10 minutos. Nossa, então porque não conversar tudo em 10 minutos?
Acho que na verdade a reunião toda serviu para conhecer melhor o outro. Saber das suas idéias, da sua visão e potenciais.
Isso. Foi uma análise mútua.
Como se conhece alguém?
É o tempo em que se passa juntos, são as informações que se tem, é o saco de sal que se come juntos?
Dizem que só conhecemos as pessoas quando elas estão numa situação extrema, sob pressão.
Se pensarmos assim, veremos que não conhecemos tão bem as pessoas como imaginamos.
Deve ser por isso que algumas pessoas conseguem nos surpreender e fatalmente algumas, nos decepcionar.

By Renata que ainda acredita que é conversando que a gente se entende, mas que tem dias que não quer papo com ninguém.

26 de setembro de 2006

Então...


Acharam que era uma metáfora, algo que lembrasse a música... "Eu hoje joguei tanta coisa fora..." Mas não. A Patrícia estava com uma necessidade urgente de jogar coisas fora mesmo. Ou melhor, fazer uma limpa nos armários. Fazer a energia circular. Coisas de mulher. Consumista e exotérica.
Não tente entender.
Lá fomos nós na aventura rumo ao exótico("quem usa uma blusa dessas?") e ao esquecido("nem me lembrava que essa roupa existia").
Um armário de mulher pode ser um verdadeiro estudo antropológico. A moda consegue ser mais inconstante do que nós. E assim, como as mulheres, tem épocas que são impossíveis de serem entendidas. Ou acompanhadas.
E uma a uma, as peças foram saindo do armário e fazendo montanhas no chão. Algumas peças tinham histórias para contar e o valor sentimental fazia com que elas voltassem para o armário. As roupas da gravidez. (Como se desfazer dessa calça que me acompanhou por 9 meses? Tão boa...). Algumas peças foram "salvas" na repescagem. ("Não são usadas, mas ainda têm potencial.") Outras tiveram seu fim decretado: (Foi bom, durou até demais! Mas, adeus!).


By Renata que ganhou muitas roupas da Patrícia e agora combinaram de fazer faxina no armário dela. Não por estar incomodada, está leve como a amiga, mas porque a tal da energia tem que circular. Canja de galinha e crendices não fazem mal a ninguém, né?!

25 de setembro de 2006



















Passei por uns dias bem conturbados, ou mais conturbados que de costume. Nesses dias em que a gente se pergunta:
-Por que isso foi acontecer comigo?
-Meu Deus, e agora?
-Eu merecia isso?

Pois é, nesses dias em que o fundo do poço vira moradia, sempre nos acontece algo. Algo de bom. Algo para abrandar. Eu me recuso a acreditar que o fundo do poço tenha subsolo. Portanto, de alguma maneira você que subir.
Se você se conhece, sabe a melhor maneira de se reerguer. Ou a mais rápida.

By Renata que tem como receita: reunir os amigos, exaurir o assunto até o limite, evitar o assunto, dramatizar para alguém amenizar(obrigada, Pat!) dormir cedo... Ah, o telefone tocar também ajuda muito!

Manual de instruções- Parte 2

Diga-me seus defeitos
Talvez assim eu não me deixe encantar.
Conte-me quais seus medos
porque talvez não possa enfrentá-los.
Ou deixe-me descobrir.
Não haverá garantias
Ou promessas.
(juras de amor são mentiras úteis ao coração)
E as verdades são tão instáveis.
Hoje te quero.
Amanhã não sei responder.
Mas para haver uma história
há de haver um começo.
O que te ofereço?
A minha vontade.
Só a minha vontade.
Deliciosamente ansiosa e egoísta.

By Renata que ao invés de prestar atenção na aula, cismou em fazer poesia. Anda enferrujada a pobre menina. E com a cabeça nas nunvens...

22 de setembro de 2006

Tanta coisa


Não há como escapar
A bagunça está em toda a parte.
De forma prática, a que mais incomoda é a do guarda roupa.
Metros e metros e metros de tecidos e texturas e cores apertados, espremidos, imexíveis.
De amanhã não passa. Quiçá hoje a noite.
Trilha incidental: siempre que me preguntas porque como e donde, tu siempre me respondes: quiçá, quiçá, quiçá!

A mesa ex-bagunçada agora está funcional
Os arquivos no PC devidamente organizados em pastas
A cabeça, bem...

A esperança de que as roupas todas espalhadas, claramente olhando pra mim, me organizem.
A escolher prioridades
A trabalhar o desapego
A identificar o que importa
A viver com o essencial
A acertar a mão: nem tirar demais, nem de menos.
Preciso de espaço.
Muita coisa jogada no fundo do armário, apagado, esquecido, empoeirado – vai sair.
E desta vez não vou olhar com olhos possessivos e pensar que daqui um tempo aquilo pode servir, pode ser usado.
Não vou guardar, ocupar espaço, deixar quieto.
Que a revolução no armário organize o que realmente precisa ser organizado.

A arte imita a vida?


Post by patrícia que ainda não sabe qual é a medida de fantasiais, adereços,objetos cênicos e acessórios que precisa pra viver.

21 de setembro de 2006

O mundo é bão


"Todos pensam em mudar o mundo, mas ninguém pensa em mudar a si mesmo." Leon Tolstoy.

A ironia é que a mudança é inevitável. Todos têm que lidar com ela. Por outro lado, crescer é opcional. E a maioria das pessoas tem a tendência em continuar na rotina quando o assunto é mudar e crescer.
A rotina é o lugar que eu já conheço, as pessoas com quem já me relaciono, um emprego estável. Tudo muito confortável, mas talvez não gratificante.
Não acho que toda mudança seja para melhor, mas o que no início te abala e te desestabiliza, depois te torna mais forte. É o que Nietzsche fala " O que não me mata, me fortalece."
Eu agora que me vi mais frágil, não tão super-mulher, nem tão garantida, me sinto mais segura. Segura porque sei que minhas pernas não são tão grandes, nem tão pequenas. Sou capaz de pular, mas tudo tem limite. E é bom conhecer os seus. Que seja para expandí-los, seja para respeitá-los.

By Renata que já renasceu e agora decidiu crescer! Ah, e que tá indignada que o Lula vai ganhar essas eleições!

18 de setembro de 2006

Caixa 2

By Renata que só escreveu meia dúzia de coisas à toa, ganhou a flor e inspirou uma arte. Bom, né?!

15 de setembro de 2006

Em busca do Sol


A Patrícia amou a notícia de que mais um planeta-anão foi descoberto. Eris. Então, Plutão agora não está mais só. Achou sua turma. Acho que a Patrícia não se liga muito em astros, ela gosta é mesmo de anões. Isso é uma outra história e um dia ela conta.
Falando em astros, um dia fomos(eu e Patrícia) a uma festa a fantasia cujo tema era: "Uma festa no céu". Entre anjos, artistas que morreram e foram para o céu, o diabo, como antagonista, nós estávamos fantasiadas de estrelas. Eu era uma estrela prateada e ela, dourada. Me senti um peixe fora d'agua! A festa era no céu, mas aparentemente, só quem pensou em astros fomos nós duas. Bom, conheci o Jimi Hendrix(isso também é uma outra história) e a festa foi ótima!
Uma coisa puxa a outra e o que eu queria falar mesmo é que o SOL chegou! Adoro dias de sol, daqueles que passamos mal de calor!
E daqueles que passamos bem! Afinal, o sol tem o poder de reunir as pessoas, de colorir as ruas, de encher as academias, de entupir os botecos, de subir as saias e deixar tudo com um ar mais descontraído!

By Renata que não tem ar condicionado no carro, ventilador em casa, não mora na praia, mas se fosse uma flor, seria um girassol!

14 de setembro de 2006

Carta e Re:Carta



Oi amiga!
Ando saudosa de muita coisa. Até do pique que já não tenho.
E a cada minuto, olho para as coisas ao redor meio que me despedindo delas.
A tristeza acabou. E no lugar dela entrou a dúvida.
O que fazer?
(Meu Deus, como sou repetitiva!)
Mas sabia que isso foi um balde de àgua fria?
Não sou tão polivalente como pensava.
Espero que seja, ao menos valente.
Recebi mais um lindo presente hoje. O que tem sido motivo de alegria quase infantil.
Prefiro pensar assim.
Você bem sabe que esse papo de "se eu não gostar de mim, quem irá gostar?" é fachada.
Na verdade mesmo, me acho linda e boba.
Mas isso é inofensivo, não?
Você provavelmente acha que não e vai me dar mil explicações psicanalíticas a respeito.
Vamos deixar para gastar neurônios assistindo Shakespeare este fim-de-semana.
Sinto falta de receber boa noite.
Como sou patética.
Beijo,
Rena



OI flor
Tem dia, tem tempo, que a gente devia ter um adesivo pregado na testa: cuidado, frágil.
E mesmo assim, todo cuidado é pouco.
Eu tava pensando aqui agora, se isso tudo estivesse acontecendo há 10 anos atrás...
Vc já realizou como eu estaria? O que eu estaria fazendo?
Acho que eu iria de escola em escola, com vc pelo braço... Frenética!
Renata faça isso. Renata faça aquilo! PeloamordeDeusRenaaaaaata!!!
Nossa, e as idéias mirabolantes que eu iria ter? E os planos infalíveis? E as horas e horas de discurso?
(silêncio)
Preocupada? To
Chateada? To
Mas não fico mais assim, tão aflita.
Não que eu te ame menos.
Mas eu confio mais: na vida, em você, em mim. Nas coisas.
Nos anos de estrada, né?
Eu tenho adorado os presentes que você recebe.
A do ra do!
E você minha amiga, que é também o meu avesso, já devia saber que o feio fica belo, o bobo fica esperto, a gorda fica magra, a insone um dia dorme, o amor um dia chega, qualquer coisa um dia acaba, batatinha quando nasce esparrama pelo chão...
Tem que ter desejo. Movimento. Intenção. Força. Sorte também, tá bom.
E isso também vai passar.
O que você já fez de bom por você hoje?

Pati



12 de setembro de 2006

Todo avião tem pneu


Estou longe de ser um exemplo a ser seguido ou citado como ícone da vida saudável.
Não saber administrar o tempo e viver correndo, que eu saiba, ainda não é considerado uma atividade física. Sem mencionar que nunca almoço ou tomo café-da-manhã.
Nos últimos anos tenho feito 1 dieta anual. "Regime da Modelo". Talvez você não a conheça por nome. Explico-me. Passo 2 meses sem comer. Daí o nome. Afinal modelo não come. Do contrário como seria tão magra? A classe não admite isso, mas não sou tão boba para acreditar que toda e qualquer modelo seja abençoada com o tal do metabolismo acelerado.
Tá, eu sei. Mulheres e seus papos sobre peso são entediantes. São mesmo. Mas quem vive só de folha é lagarta. E o mundo gosta é das borboletas. Que paradoxo!
A questão é o verão taí e eu ando com a boca nervosa. A minha pretensão não é usar top, afinal já passei dos 30, mas é entrar na minha calça 38.
Não falta muito, mas o pacote de batatinhas e as 2 long necks que acabaram de entrar não são, digamos assim, cooperadoras dessa missão.

By Renata que pensa que é um ser superior. Mas de que adianta se o resto do mundo não é?

11 de setembro de 2006

Debutante

Durante os dois primeiros anos, são muitas as aquisições motoras da criança. Essas aquisições permitem uma independência cada vez maior, o que é fundamental para seu desenvolvimento psíquico, sensorial e motor.
Sei falar com propriedade durante horas sobre educação, principalmente a dos 6 primeiros anos de vida do indivíduo.
Isso tem sido meu trabalho, o meu estudo, meu investimento, a minha realização, minhas noites de insônia, grande parte das minhas alegrias, o meu sustento, a minha falta de grana... nos últimos 15 anos. 15 anos! Apenas a metade da minha existência.
Depois que a carreta me atropelou, meus dias de coma passaram, me vem inevitavelmente à cabeça a famosa pergunta:
"-E agora, José?"
Obviamente, o destino certo do meu currículo são escolas. Mas sei que posso mais. Tenho muitas outras competências e habilidades.
Quais por exemplo?
Deixe-me ver... não, não sei cantar. Dançar? Danço melhor do que canto. O que não significa muito. Vamos ver... Ixi, não sou boa com finanças e não entendo bulhufas da àrea financeira.
Já sei! Crítica de filmes! Não sei quem pediria minha opinião, mas além disso seria meio limitado pois não vejo filmes daqueles que fazem chorar.
Sou boa com o público. Setor de atendimento. SAC. Ai, isso me lembra telemarketing... ui, tô fora!
Voltemos a qualidade de ser comunicativa... Posso incluir isso no meu currículo! Falo tanto que nunca haveria falta de assunto em qualquer setor! Ai, acho que isso já virou defeito.
Esporte não é meu forte, informática não é minha praia.
Bom, vou continuar pensando em algo para ir além. Quem sabe esta não é a minha chance?

By Renata que é aquela que renasce!

10 de setembro de 2006

Uma palavra de consolo

o!A aposentadoria do Schumacher me fez pensar que talvez 2007 seja realmente o ano de mudanças. Alguém me disse isso, que a soma do 2 e 7, dava 9 e na numerologia indica mudanças. Claro que me falaram isso ao saberem da minha aposentadoria forçada. (adorei o eufemismo).
Acho péssimo dar uma notícia ruim. As pessoas me olham com cara de quem procura uma palavra de consolo.
Consolos religiosos

"Deus fecha uma porta e abre uma janela."
"Deus escreve certo por linhas tortas".

Consolos místicos.

"Foi porque não era pra ser."
"O que é seu tá guardado."

Consolos otimistas

"Foi a melhor coisa que poderia ter-lhe acontecido!"
"Você verá como sua vida vai melhorar!"

Consolos simplistas

"Ih, você arruma outro fácil!"
"Ah, fica assim não!"

Consolos compensatórios

"Se eu te contar a minha história você senta e chora".
"Olha pra mim. Devendo cartão, sem perspectiva no trabalho, séculos sem sair com ninguém, meu pai com problema cardíaco e blá, blá, blá e mesmo assim tô aqui com cara boa".

Consolos práticos

"Quem não tem problema?"
"Ao invés de ficar chorando as pitangas, levanta e sai dessa".

Consolos que poderiam ser evitados

"Nunca gostei dele mesmo."
"Olha, não te falei antes, mas..."

Consolos do tipo Schumi

"Você fez o melhor que podia"
"Você fechou um ciclo vencedor".

By Renata que andou por uns dias inconsolável.

8 de setembro de 2006

Dia da Independência


De repente um barulho vindo da porta fez com que as quatro abafassem o riso e tentassem se controlar. A dona da casa, levantou para atender a porta e meio que assegurou que "claro que ninguém ouviu nada". Pela cara de quem chegou, pareceu-nos realmente que o assunto tinha passado incólume.
Então, enchem os copos, explicam as regras para o recém-chegado e continuam o jogo.
O telefone toca. Era uma mensagem de texto. Daí não deu para segurar o riso. A mensagem falava exatamente do que se falava antes e teve que ser abafado.
Que coisa! E tem gente que acha que mulher não fala disso. Pois fala sim. E adora falar. Falar, comparar, classificar, ilustrar, encenar e rir disso tudo....
Mulher faz terapia em grupo sempre que reúne as amigas. Tiram suas dúvidas, compartilham a má fase, pedem para conhecer amigos(mesmo sabendo que já conhecem todos).
As mulheres continuam românticas, sonhadoras, doces. E falam de sexo. Alguma contradição nisso? A meu ver não.
By Renata que dentre as coisas que mais ama na vida de solteira, é estar entre amigas.

6 de setembro de 2006

Manhas e manhãs


Adoro as manhãs.
Acordo com meu gato me fazendo cócegas no rosto com seu bigode. Finjo que não é comigo, mas o Perseu aprendeu que a insistência me vence e então me levanto, sirvo-lhe uma porção de atum e volto pra cama. Trinta minutos depois o telefone toca:
-Você já acordou?
É minha mãe atrás da carona diária dela.
Banho, carinho no Perseu, olhada rápida no jornal... Junto minhas coisas e vamos lá. Antes de ligar o carro, ligo o rádio. Nada de cds. De manhã gosto de ouvir horóscopo, resumo das novelas, conselhos dos locutores, músicas barangas.
De manhã gosto de olhar as pessoas indo trabalhar. Tem sempre aquela que cruza o viaduto numa calça branca justíssima e saltos altíssimos. Deve ser a gostosona do escritório. Têm aqueles com a camisa do time que venceu(no caso do Atlético-MG, mesmo que tenha perdido) no dia anterior. Tem a que usa camiseta num frio de rachar e a que se encapota só por causa do tempo levemente nublado.
De manhã, estou sempre disposta e sentre acredito que o dia vai ser no mínimo, divertido.

By Renata que um dia foi notívaga.

5 de setembro de 2006

Classificados


Procura-se receber carinho de quem menos se espera.

Procura-se receber carinho de quem mais se espera.

Procura-se um trabalho sem jeito de emprego.

(Na verdade, não sei se posso escolher tanto)

Procura-se o que fazer no feriado sem gastar muito.

Procura-se uma forma de ajudar os amigos.

Procura-se a coragem para não desanimar.

Procura-se uma leitura interessante.

Procura-se emagrecer um pouco até outubro.

Procura-se um namorado bacana para minha mãe.

Procura-se não perder a fé nas relações.

Procura-se umas músicas novas para o meu mp3.

Procura-se ficar alegre sem fluoxetina.

Procura-se achar algum sentido, algum conforto.

Procura-se a cura da aids, do cancêr, uma boa liquidação e um novo jeito de usar o cabelo.


By Renata que só poderia encerrar com a máxima "Quem procura, acha".

como voar?

A coisa que eu mais tenho medo é do medo.
O medo, se a gente dá trela pra ele, paralisa a gente.
Todos os meus medos eu consegui, algumas vezes de pernas bambas, “superar”. Muita coisa, ah meu Deus, muita coisa me fez sentir um medão danado a toa – tomada a iniciativa ficava tudo tão fácil e tão simples, outras coisas não: encarei, mas as cicatrizes estão aqui.
Respirar fundo, esticar um pouquinho o pescoço, olhar pra frente e ir!
Difícil!
Porém necessário.
Depois que a gente tem filho, acho que o medo aumenta - um medo dando de perder... Só que nesse caso, não há muito que fazer, a não ser controlar a paranóia. Porque a vida não se controla.
Ultimamente ando com medo do futuro. Com medo dos negócios, com medo das escolhas (e das coisas que eu não escolher).
Mas o tal futuro está ali, me esperando. E eu pretendo sorrir para ele.
Força, coragem.
Ainda bem que eu nunca tive, foi medo de mim...


posted by Patrícia que não é Tereza Batista mas é cansada de guerra.

4 de setembro de 2006

Cheia de incertezas


Tem coisa na vida que a gente tem certeza. Certeza daquelas de colocar a mão no fogo, jurar de pé junto, apostar R1.000.000,00! Talvez certeza só exista no dicionário. Ou talvez seja como a verdade, cada um tem a sua e não se fala mais nisso.
Reconheci uma dor que dói mais que as outras. É a dor de descobrir que aquelas coisas(aqui incluo pessoas, modos de vida, decisões) das quais tínhamos certeza vão se tornando vulneráveis.
Acho que podemos dar o nome a isso de decepção. Às vezes se torna difícil entender porque aquilo aconteceu justamente comigo. Justo eu! Justo eu que nunca tinha parado para pensar na vida de outra forma. Minha mãe, mulher mais engraçada do que sábia, me disse para não ficar triste não "filha, nada na vida é eterno. Você viu Plutão? Nem Plutão é mais Planeta". E ainda emendou " e aposto que ele não tá lá chorando não. Não é mais planeta e pronto. Daqui a pouco vão dizer que a lua também não é Planeta!"
"-Mãe, a lua não é planeta e nunca foi.
- Ô menina, você entendeu o que eu quis dizer!"
Entendi sim.
Certezas são para os acomodados. Para aqueles que se contentam com a vida do jeito que ela está. Gosto dessas pessoas, porque deve ser um inferno viver sempre atrás de mais e mais.
Mas com essa história toda de Plutão e planetas, percebi que uma certeza não dura muito. Que ela só dura enquanto deixam ela quieta, mas basta alguém fazer algum movimento para surgir alguma dúvida, alguma outra maneira de olhar para a mesma paisagem.

By Renata que descobriu que quem fica parado é poste!

1 de setembro de 2006

Sol de primavera



Tudo bem, ainda não é primavera, mas eu também não sou Gisele Bundchen e nem por isso não me ache linda!

Mas é setembro. E já dizia a canção... "quando entrar setembro e a boa-nova andar nos campos"

É que cansei de notícias ruins! Chega! Quem sabe setembro, além de flores e verde traga um alento. Tenho utilizado muito essa palavra, alento. Acabo de abrir o pai-dos-burros e perceber que tenho utilizado alento de forma totalmente equivocada. Pelo que li, alento é coragem, esforço, entusiasmo... MOTIVAÇÃO!!!!!

Geralmente as pessoas são motivadas por dinheiro, prestígio e prazer.

Coisas que me motivam:

1. Fazer um curso interessante;

2. Receber o mérito merecido;

3. Receber um telefonema especial;

4. Reunir amigos;

5. Me olhar no espelho e gostar do que vejo;

6. Organizar festas;

7. Viajar;

8. Ter a sensação de que sei mais do que sei;

9. (....)

Agora, o entusiasmo acabou. Também, não era sobre isso que eu queria falar. Na verdade, não era nem sobre alento( pensando bem, a minha idéia de alento tá certa. Um carinho é um alento). Quero deixar registrado que setembro chegou e se minha vida ainda não está florida, minha saia está.

By Renata que anda com fé atrás de um alento.