17 de maio de 2006

"Há um passado no meu presente"

Reencontros me fazem bem. Adoro ouvir que não mudei nada. Ou que continuo linda. E mais ainda de perceber que sou a pessoa que ainda se diverte com as mesmas coisas de anos atrás. Acho que esse pode ser um dos fundamentos da eterna juventude. Ou como diria os psicólogos, esse pode ser o fundameto da adultescência.
Escutei esse termo durante uma palestra sobre educação há algum tempo. E na hora me identifiquei. Afinal sou uma adulta que consome os mesmos produtos(música, roupas, comida, ídolos) que os adolescentes. Aos 30 anos tenho assunto suficiente com pessoas de 12, 14 anos. Podemos falar sobre o último cd do Charlie Brown Jr e eu ainda ofereço aos pais para acompanhá-los ao próximo show da banda.
Mas a melhor coisa da adolescência é sem dúvida o caminhão de descobertas que te atropela. Lembro-me de não saber que precisava avisar ao meu namorado o horário que eu ia sair de casa. E que dor de amor doía tanto. E que receber uma declaração de quem se gosta te faz flutuar. Eu também não sabia que aqueles beijos que me deixavem sem ar se chamavam tesão.
Eventualmente ainda ligo para avisar, dor de amor ainda dói, mas não por muito tempo, sempre acho que uma declaração é no fundo uma cantada disfarçada e beijos ainda me tiram o ar. Mas resolvo isso rapidamente.
Muita gente faz a opção de não matar a criança interior, pois eu quero manter viva a minha adolescente. Para isso, os novos amigos se somam aos antigos, almoço penne a putanescca e passo no Mac Donald´s para uma casquinha, uso terninhos coloridos, o cd do Cartola divide espaço com o CPM 22 no porta cds de pelúcia, o cabelo vive preso, mas se soltar, o vento ainda o faz balançar...


by Renata( Rê Andrade na adolescência)

Um comentário:

Anônimo disse...

Renata, mas você não mudou nadinha mesmo...

Vinícius.